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Marfrig e BRF vão distribuir R$ 5,6 bilhões em dividendos e JCP após anúncio de fusão

Marfrig e BRF vão distribuir R$ 5,6 bilhões em dividendos e JCP após anúncio de fusão

A Marfrig e a BRF anunciaram, na noite da última segunda-feira (8), a distribuição conjunta de R$ 5,6 bilhões em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) após a conclusão do processo de fusão entre as companhias. A medida ocorre dias depois da aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

De acordo com os comunicados, a Marfrig (MRFG3) aprovou a distribuição de R$ 2,346 bilhões em dividendos, o que representa R$ 2,8105 por ação, com direito aos acionistas com posição em 18 de setembro e pagamento em 30 de setembro.

Já a BRF (BRFS3) autorizou o repasse de R$ 3,321 bilhões, sendo R$ 2,921 bilhões em dividendos (R$ 1,8349 por ação) e R$ 400 milhões em JCP (R$ 0,2512 por ação). A data de corte também será 18 de setembro, com pagamento previsto para 29 de setembro.

Os dividendos serão isentos de Imposto de Renda, enquanto os JCP sofrerão tributação na fonte, exceto nos casos de acionistas imunes ou isentos.

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Marfrig e BRF: fusão cria gigante do setor de proteínas

A distribuição dos proventos ocorre poucos dias após o Cade aprovar, sem restrições, a incorporação da BRF pela Marfrig. A decisão foi tomada na última sexta-feira (5) e confirma o aval prévio da Superintendência-Geral da autarquia, que não identificou riscos concorrenciais relevantes na operação.

A fusão, submetida ao Cade em maio, prevê que a Marfrig incorpore todas as ações da BRF que ainda não estavam sob seu controle, criando um dos maiores grupos de proteínas do país. 

A nova companhia reunirá operações de carnes bovina, suína e de frango, além de produtos processados, margarinas, massas, pet food e itens prontos para consumo, com presença tanto no mercado interno quanto no exterior.

O processo chegou a ser contestado pela Minerva (BEEF3), que alegou riscos concorrenciais devido à participação da Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (SALIC), acionista relevante da Marfrig e também com participação na própria Minerva. A preocupação era de que houvesse alinhamento de interesses e possível troca de informações entre concorrentes.

No entanto, o Tribunal do Cade rejeitou os argumentos da Minerva, destacando que a participação da SALIC na operação não estava diretamente em análise e que os mecanismos de governança existentes impedem a troca de informações estratégicas. Assim, a decisão foi unânime pela aprovação da operação, abrindo caminho para a criação de um novo líder no setor de proteínas.

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