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IRB Brasil (IRBR3): Luiz Barsi mantém investimento de olho em recuperação

IRB Brasil (IRBR3): Luiz Barsi mantém investimento de olho em recuperação

Considerado um dos maiores investidores individuais na B3, Luiz Barsi tem mantido sua posição no IRB Brasil (IRBR3), apesar das dificuldades enfrentadas pela empresa nos últimos anos e da desvalorização das ações desde que elas foram incluídas em sua carteira.

A filha do investidor, Louise Barsi, foi eleita neste ano para o Conselho Fiscal da empresa com o objetivo de representar os acionistas minoritários e acompanhar de perto o processo de recuperação da empresa, que recentemente realizou mais um follow-on, com venda de ações na B3 em busca de capitalização.

Desde 2020, o IRB tem apresentado dificuldades financeiras. Em 2020, passou a ser investigado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) sob suspeita de falta de liquidez. A IRB se defendeu, alegando questões burocráticas, mas o valor das ações desabou e a situação ainda não foi recuperada.

Quando Barsi investiu um sua posição de ações do IRB, os papeis estavam estimados em R$ 6. Nesta quinta-feira, foram negociados a aproximadamente R$ 1,20, com leve alta, depois de chegar a um pico de R$ 3 em 29 de março, época da eleição do novo conselho.

Segundo Louise, a posição do IRB é relativamente pequena dentro do portfólio da família, e a confiança na recuperação faz com que não haja pressa em se desfazer dessa posição, ainda mais agora que ela segue mais de perto o andamento da companhia e que outras ações do portfólio têm apresentado boa valorização.

IRB Brasil (IRBR3): de estatal a corporation

O Instituto de Resseguros do Brasil foi fundado em 1939 pela governo, durante o período do Estado Novo de Getúlio Vargas, com o objetivo de reter no país os investimentos de riscos das seguradoras nacionais que antes eram transferidos para o exterior para reesguradoras que atuavam no exterior.

A empresa foi estatal monopolista no setor até 2007, quando perdeu o monopólio do setor de resseguros. Em 2013, foi privatizada e, em 2017, realizou sua IPO na B3 (B3SA3), arrecadando cerca de R$ 2 bilhões.

Em 2019, após dois bem-sucedidos follow-ons, no valor de aproximadamente R$ 10 bilhões, o Acordo de Acionistas foi rescindido e a Companhia se tornou uma corporation. ou seja, empresa sem controladores.

Hoje, o IRB é uma corporation, ou seja, não tem um grande controlador: os maiores acionistas são Bradesco Seguros, empresa do grupo Bradesco (BBDC3), com 15,8% das ações, e Itaú Seguros, do grupo Itáu Unibanco (ITUB4), com 11,5%, de acordo com a empresa.

Perdas fortes e recuperação lenta

No balanço de 2021, apresentado em fevereiro, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 371 milhões. Segundo análise do BTG Pactual (BPAC11), dados da Susep já indicavam pera, mas o valor acabou sendo maior que o esperado pelo mercado.

Em agosto, o BTG Pactual apontou recomendação neutra para as ações, no preço-alvo de R$ 1,70. “Reconhecemos que esperávamos que o IRB Brasil estivesse em uma situação mais confortável agora e sinalizamos que nossa capacidade de prever resultados até agora se mostrou muito baixa”, disseram os analistas,

Nesta semana, a BlackRock, uma das maiores gestoras internacionais de investimentos, anunciou ter feito uma aquisição de ações de forma a atingir cerca de 5% da propriedade da empresa, aproveitando o deságio no preço após o último follow-on e de olho numa valorização nas próximas semanas.

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