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IA é bolha? Para analista do Goldman Sachs, sim

IA é bolha? Para analista do Goldman Sachs, sim

Apostar contra uma bolha de ações de tecnologia pode ser extremamente desafiador, segundo Jim Covello. Com muitos anos de experiência em Wall Street, o chefe de pesquisa de renda variável do Goldman Sachs observou como o mercado encontra formas de continuar subindo mês após mês, mesmo quando os avanços no setor não atendem exatamente às expectativas. Ele testemunhou fenômenos semelhantes com as criptomoedas e acredita que o mesmo pode ocorrer com a inteligência artificial (IA).

Na reportagem do Valor Econômico, Covello lembra que esse padrão de bolha já se manifestou com as empresas pontocom no final da década de 1990. Ele afirma que, apesar do entusiasmo atual em torno das ações de tecnologia devido ao avanço da inteligência artificial, não tem dúvidas de que “o acerto de contas vai chegar”.

Para Covello, pode não ser este ano nem no próximo, mas em algum momento, isso ocorrerá. Ele opina que os bilhões de dólares investidos em IA não gerarão a próxima revolução econômica nem sequer se igualarão aos benefícios proporcionados pelo smartphone e pela Internet. Quando essa realidade se tornar evidente, todas as ações que subiram devido a essa promessa vão sofrer uma queda.

Covello destaca na reportagem: “A maioria das transições tecnológicas da história, especialmente as que foram transformadoras, permitiram substituir soluções muito caras por soluções muito baratas. Substituir empregos com uma tecnologia extremamente cara é basicamente o oposto disso.”

Afinal, IA é bolha?

A Nvidia (NVDA; NVDC34), que sozinha adicionou quase US$ 2 trilhões em valor de mercado este ano, continua sendo uma das ações mais populares em Wall Street. Atualmente, 64 dos analistas que acompanham a fabricante de processadores avançados recomendam a compra das ações, mesmo após um salto de quase 140% no ano. Apenas um analista sugere vender.

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No entanto, o retorno desse investimento em inteligência artificial até agora tem sido relativamente modesto. Microsoft (MSFT; MSFT34), Alphabet (GOOG; GOGL34), Amazon (AMZN; AMZO34) e Meta (META ; $M1TA34) alocaram mais de US$ 150 bilhões em investimentos nos últimos quatro trimestres, grande parte dos quais foi destinada ao treinamento de seus próprios modelos de IA e à execução de cargas de trabalho para os clientes.

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IA iniciará a próxima fase do capitalismo

Covello está se destacando como um líder entre um pequeno, mas crescente, grupo de analistas do mercado que questiona uma premissa fundamental do atual rali que já elevou o valor de mercado do índice S&P 500 em quase US$ 16 trilhões desde o final de 2022. Essa premissa é a ideia de que a IA generativa iniciará a próxima grande fase do capitalismo, na qual os lucros das empresas crescerão à medida que mais trabalho for transferido para máquinas inteligentes, aumentando a eficiência e acelerando o crescimento econômico.

Entre os defensores dessa tese, um dos mais destacados é Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, que afirmou estar convencido de que a IA provocará mudanças extraordinárias, possivelmente tão transformadoras quanto a locomotiva a vapor e a eletricidade.

No entanto, os céticos argumentam que as expectativas em relação ao uso comercial da tecnologia podem estar significativamente exageradas, o que cria o risco de uma correção no mercado de ações e de que as gigantes de tecnologia reavaliem seus maciços investimentos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Lucidworks, cerca de 42% das empresas que investiram em IA ainda não obtiveram um retorno significativo. Covello conclui afirmando que duvida que a maioria delas conseguirá alcançar esse retorno.

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