O ex-ministro Guido Mantega informou que teria sido procurado pelo governo para fazer parte do conselho de administração da Braskem (BRKM5). Mantega se protificou a assumir o assento, caso seja aprovado pelos acionistas da petroquímica.
“Eu fui sondado pela Casa Civil e me coloquei à disposição. Se os acionistas e a Assembleia decidirem isso, então irei para o conselho da Braskem”, disse ele, segundo matéria da Bloomberg.
A Braskem não comentar o assunto, bem como a Casa Civil. Esta não é a primeira vez que o governo tenta emplacar Mantega em uma empresa relevante. A primeira tentativa havia sido na presidência da Vale (VALE3), mas seu nome sofreu forte rejeição por parte dos investidores e o governo foi obrigado a recuar.
Guido Mantega teve apoio do PT na Vale
Filiado ao mesmo partido do governo, o PT, Mantega teve apoio de seus correligionários para ocupar o principal posto da mineradora, principalmente da presidente da legenda Gleisi Hoffmann.
Nascido em Gênova, na Itália, em 1949, Mantega veio morar com a família no Brasil ainda na infância e obteve a dupla cidadania. Graduado em Economia e em Ciências Sociais pela USP (Universidade de São Paulo), Mantega obteve seu doutorado em Sociologia do Desenvolvimento pela mesma instituição e se aproximou de um grupo de economistas ligados à esquerda que participou da fundação do PT, em 1980.
Em 2002, o PT apresentou um programa que fazia várias concessões ao mercado. Lula se elegeu e colocou no Ministério da Fazenda um político formado em Medicina, Antonio Palocci, e para o Banco Central escolheu Henrique Meirelles, então ligado ao PSDB.
Mantega foi nomeado para o ministério do Planejamento, com menor protagonismo na definição da política econômica, e depois de pouco mais de um ano acabou deslocado para a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), onde permaneceu por cerca de um ano e meio.
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