O Google e sua controladora, a Alphabet (GOOGL; GOGL34), enfrentarão em tribunal federal o Departamento de Justiça e vários estados norte-americanos. O governo dos Estados Unidos acusa a big tech de usar seu poder de mercado ilegalmente para manter o mecanismo de busca como padrão em diferentes dispositivos. O julgamento deve durar 10 semanas.
Este será o processo mais importante sobre práticas de monopólio digital desde o caso antitruste aberto contra a Microsoft (MSFT; MSFT34) há 25 anos, em 1998. Na ocasião, a Justiça determinou que a empresa acabasse com a restrição de manter a exclusividade do navegador Internet Explorer em dispositivos com o sistema Windows. A medida abriu espaço para concorrentes, como o Google.
O que diz o processo – e o Google
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos argumenta agora que o Google usou ilegalmente acordos com fabricantes de celulares, como Apple e Samsung, bem como navegadores de internet como Mozilla, para ser o mecanismo de busca padrão para seus usuários. Isso impediria que rivais menores tivessem acesso ao negócio.
O Google diz que seus acordos com a Apple não eram exclusivos e que os consumidores poderiam alterar as configurações de seus dispositivos para escolher outros mecanismos de busca.
Segundo a empresa de análise de dados Similarweb, o Google acumula 90% do mercado de busca nos Estados Unidos e 91% globalmente.
Julgamento pode atingir big techs
A disputa atinge o império de US$ 1,7 trilhão da Alphabet e pode minar o poder e influência da empresa. Na ação, o governo afirma visar que o Google altere as suas “práticas comerciais monopolistas”, com o pagamento de indenizações e um plano de reestruturação.
O caso – Estados Unidos e outros vs. Google – é o primeiro julgamento do governo federal sobre monopólio da internet. Qualquer decisão poderá impactar outras big techs, como Amazon (AMZN; AMZO34), Apple (AAPL; AAPL34) e Meta (META; $M1TA34).