A Gol (GOLL54) apresentou no segundo trimestre de 2025 (2TRI25) um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão, redução de 60,8% em relação às perdas de R$ 3,908 bilhões registradas no mesmo período de 2024.
O resultado foi influenciado pela expansão da capacidade, pela melhora operacional e pelos ganhos com variação cambial, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador e custos pressionados pela depreciação do real.
A receita líquida da companhia somou R$ 4,837 bilhões, alta de 22,9% sobre o 2TRI24, impulsionada principalmente pelo aumento de 24,1% na receita com transporte de passageiros. Esse desempenho refletiu o crescimento de 19,2% no ASK (assentos-quilômetro disponíveis) e avanço de 3,0% no RASK, evidenciando a capacidade da empresa de ampliar rentabilidade.
O EBITDA recorrente atingiu R$ 1,134 bilhão, avanço de 67,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem EBITDA recorrente de 23,4% — alta de 6,3 pontos percentuais. O resultado foi favorecido pela expansão da oferta, diluição de custos fixos e maior eficiência operacional, apesar do impacto cambial e de despesas adicionais com manutenção e depreciação.
Balanço da Gol no 2TRI25: expansão da malha e recuperação da frota
O trimestre marcou a consolidação da estratégia de expansão da malha aérea da Gol, com crescimento de 62,1% na oferta internacional e 13,3% no mercado doméstico. A companhia recuperou 20 aeronaves à frota operacional em comparação ao 2TRI24, atingindo 122 aviões em operação.
No mercado doméstico, foram ampliadas rotas para destinos turísticos como Jericoacoara, Caldas Novas e Foz do Iguaçu, além da retomada das operações em Porto Alegre. No internacional, destaque para a nova rota para Caracas, que marca o 17º destino externo da empresa.
As unidades Smiles e Gollog também registraram avanços: o clube de fidelidade aumentou sua base de membros em 3,0%, enquanto a divisão de cargas teve alta de 14,2% no peso transportado, impulsionada pela parceria com o Mercado Livre.
Administração projeta nova fase pós-reestruturação
Em comunicado, a administração da Gol ressaltou que o 2TRI25 marca o início de uma nova etapa após a conclusão do processo de reestruturação via Chapter 11, em junho. A alavancagem líquida recuou de 5,7x para 3,7x, e a liquidez atingiu R$ 5,4 bilhões.
Segundo a companhia, a recomposição da frota, a otimização de custos e a reconfiguração da malha colocam a Gol em posição favorável para aproveitar oportunidades.
“A saída bem-sucedida da reestruturação foi possível graças ao trabalho árduo de milhares de pessoas. Estamos fortalecidos e prontos para solidificar nosso propósito de sermos ‘A Primeira para Todos’”, destacou a administração em nota.
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Tire todas as suas dúvidas no balanço do 2TRI25 da Gol
A Gol registrou prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão, redução de 60,8% frente ao mesmo período de 2024.
Sim. A receita líquida atingiu R$ 4,837 bilhões, alta de 22,9% na comparação anual, puxada pelo transporte de passageiros.
O EBITDA recorrente somou R$ 1,134 bilhão, avanço de 67,7% em relação ao 2TRI24, com margem de 23,4%.
Houve aumento de 19,2% no ASK, expansão de 62,1% na oferta internacional e recuperação de 20 aeronaves à frota operacional.
A companhia destacou que o trimestre marca uma nova fase após a reestruturação no Chapter 11, com frota recuperada, custos otimizados e plano para consolidar sua posição no mercado.