A Gafisa (GFSA3) informa em comunicado ao mercado que, em Reunião de Conselho de Administração ocorrida na terça-feira (3), foi homologado, parcialmente, o aumento de capital privado previamente aprovado em 24 de novembro de 2022, no montante de R$ 78.083.806,57, mediante a emissão de 13.257.013 ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, subscritas e totalmente integralizadas, pelo preço de emissão de R$ 5,89.
A empresa havia anunciado, anteriormente, aumento de capital de até R$ 150 milhões.
As novas ações conferirão aos seus titulares os mesmos direitos das ações já existentes, inclusive dividendos, juros sobre o capital próprio e eventuais remunerações de capital que vierem a ser aprovadas pela companhia após a presente data.
A expectativa inicial da companhia é de que as ações subscritas no Aumento de Capital sejam emitidas e creditadas em nome dos subscritores em 6 de janeiro.
O capital social da companhia passará a ser de R$ 1.331.041.920,06, dividido em 51.140.671 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal.
Ação valoriza mais de 50% no dia e 286% no mês
Os papéis da Gafisa vêm registrando forte alta nos últimos meses, devido ao alto volume de subscrições para o aumento de capital proposto.
As ações da construtora subiram 43,03% no primeiro pregão do ano (2), e incríveis 50,42% no segundo pregão (3) – detalhe, na contramão do Ibovespa que vem registrando quedas sequenciais.
No último mês, a valorização chega a 286,57%.

A Gafisa se encontra em meio a uma disputa judicial com a Esh Capital, que pretende interromper judicialmente o processo de aumento de capital e destituir a atual diretoria da construtora.
A Esh Capital, acionista relevante da Gafisa, possuindo 15,1% de seu capital social, pretende interromper judicialmente o processo de aumento de capital porque ele poderia diluir a participação da gestora na empresa, caso esta não exercesse seu direito de preferência.
No dia 30 de dezembro, a gestora pediu a convocação de uma assembleia para questionar os rumos da empresa e cancelar o processo. A Assembleia está agendada para 9 de janeiro, ou seja, após a data estipulada para a emissão das novas ações.
Além da briga judicial, parcialmente vencida pela Gafisa, a companhia anunciou, em 29 de dezembro, a venda de sua parte no Fasano Itaim por R$ 330 milhões, o que ajuda a explicar a disparada dos papéis.
A notícia, que foi considerada positiva pelo mercado, foi divulgada após o último pregão do ano e, como não houve sessão desde então, a valorização acontece nesses primeiros dias de janeiro.
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