Muitos investidores têm dúvida sobre como se comporta o mercado de ações durante o período das eleições. Nesse contexto sempre surgem questionamentos se os candidatos representam uma mudança ou uma ruptura – a maior preocupação e que pode causar movimentos voláteis nas cotações. Mas, levando em conta o período atual, a bolsa pode entregar retornos elevados nos próximos 18 a 24 meses.
O analista Felipe Paletta, da EQI Research, fez uma avaliação desse período e abordou os diferentes períodos eleitorais dos últimos tempos e como o Ibovespa se comportou dois anos antes e dois meses após eleições presidências. “Principalmente no último ano ou faltando um ano e meio das eleições, começa a haver uma dispersão de retornos do Ibovespa em relação aos diferentes cenários eleitorais”, avaliou ele.
O analista disse ainda que, no momento atual, ainda não há grandes oscilações então é possível que daqui a seis meses o mercado já comece a discutir de forma mais forte os efeitos das eleições de 2026 sobre o mercado.
Ações e eleições: 2002 e 2018 foram pleitos mais incertos
Paletta disse ainda que as eleições mais incertas pesaram no índice porque o resultado parecia mais próximo de uma ruptura, bem como as de 2014 – mais por conta das manifestações do ano anterior.
“Então, vemos as eleições de 2022 com retornos bastante módicos. Então as eleições de 1998, 2022 e 2018, registraram um desempenho muito próximo da taxa livre de risco”, disse ele.
Se for citar, de acordo com ele, períodos eleitorais para ilustrar o comportamento da bolsa de forma mais clara, ele escolhe 2006 e 2010 como eleições consideradas mais óbvias, com economia crescendo – que não é o cenário atual – e outras risco mais presente, como 2002 e 2014.
De acordo com o analista, é mais provável que o Ibovespa no próximo período eleitoral fique mais próximo do que foi registrado em 2010 e 2018, não apenas por fatores técnicos, mas há uma bolsa “barata” nesse momento.
“Mas também olhamos o ponto de vista macro, com o governo com menos diálogo com o Congresso e a guinada à direita dificulta essa ascensão”, completou ele.
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