Nos próximos dias, diversas companhias darão início ao calendário de pagamentos de proventos aos seus acionistas, incluindo dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), compondo a aguardada lista de dividendos da semana.
Entre os principais destaques estão distribuições feitas por empresas como Alupar ($ALUP11) e Banco do Brasil ($BBAS3).
Na Bolsa de Valores, é comum que as empresas compartilhem parte de seus lucros com os acionistas — tanto os majoritários quanto os investidores individuais. Por isso, muitos optam por investir em ações de companhias com um bom histórico de pagamento de proventos.
Têm direito ao recebimento de dividendos e JCP os investidores que possuíam as ações na data de corte. Se esse for o seu caso, não é necessário realizar nenhuma ação adicional para garantir o pagamento.
Confira a lista completa
Confira abaixo os principais pagamentos de proventos anunciados para esta semana.
Segunda-feira (9 de junho)
JHSF ($JHSF3)
- Tipo: Dividendo
- Valor por ação: R$ 0,0311
- Data de corte: 29/05/2025
- Data de pagamento: 09/06/2025
Quarta-feira (11 de junho)
Alupar ($ALUP11)
- Tipo: Dividendo
- Valor por ação: R$ 0,24
- Data de corte: 16/04/2025
- Data de pagamento: 11/06/2025
Quinta-feira (12 de junho)
Banco do Brasil ($BBAS3)
- Tipo: JCP
- Valor por ação: R$ 0,3342 e R$ 0,0904
- Data de corte: 02/06/2025
- Data de pagamento: 12/06/2025
Indústrias Romi ($ROMI3)
- Tipo: JCP
- Valor por ação: R$ 0,18
- Data de corte: 17/03/2025
- Data de pagamento: 12/06/2025
O que são dividendos?
Dividendos são uma forma de remuneração paga pelas empresas a seus acionistas, representando uma parcela dos lucros obtidos em determinado período. Trata-se de um dos principais mecanismos pelos quais os investidores recebem retorno financeiro ao investir em ações.
No entanto, é importante destacar que nem todo o lucro gerado pela companhia é, obrigatoriamente, distribuído — parte dele pode ser retida para outros fins.
A decisão sobre quanto será efetivamente repassado aos acionistas depende de diversos fatores, como o desempenho financeiro da empresa, sua política interna de distribuição e, principalmente, seus planos estratégicos de crescimento.
Companhias que estão em fase de expansão, por exemplo, costumam priorizar o reinvestimento dos lucros no próprio negócio — em novos projetos, aquisição de ativos ou desenvolvimento de tecnologias — e, por isso, distribuem uma fatia menor dos lucros.
Por outro lado, empresas já consolidadas, que atuam em mercados mais previsíveis e com menor necessidade de capital para expansão, tendem a repartir uma maior parcela dos lucros com seus acionistas. Esse é um dos motivos pelos quais ações de empresas maduras e estáveis costumam ser preferidas por investidores em busca de renda passiva.
Vale lembrar que, embora as companhias tenham certa autonomia para definir sua política de distribuição, elas devem seguir regras estabelecidas por lei e pelo próprio estatuto social. A legislação brasileira, por exemplo, determina que, caso não haja outro critério definido no estatuto da empresa, ao menos 25% do lucro líquido ajustado deve ser distribuído aos acionistas na forma de dividendos.
Além dos dividendos, algumas empresas também optam por remunerar seus acionistas por meio de juros sobre capital próprio (JCP), um mecanismo semelhante, mas com implicações fiscais distintas — tanto para a empresa quanto para o investidor.