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ITSA2: Direito de Subscrição da Itaúsa

ITSA2: Direito de Subscrição da Itaúsa

No dia 14 de agosto, a Itaúsa ($ITSA3; $ITSA4) anunciou um aumento de capital social da companhia, que passará de R$ 63,5 bilhões para R$ 64,377 bilhões, representando uma diferença de R$ 877 milhões. Esse aumento de capital, também conhecido como direito de subscrição, representado pelo código ITSA2, tem como propósito captar mais recursos no mercado por meio da emissão de novas Ações.

Nesse sentido, a Itaúsa emitirá mais de 134,92 milhões de novas Ações, do tipo escriturais e sem valor nominal. Desse montante, mais de 46,366 milhões são Ações ordinárias, enquanto 88,556 milhões correspondem a Ações preferenciais.

O preço de emissão será de R$ 6,50 por ação, calculado com base na média ponderada das cotações das Ações preferenciais negociadas nos últimos 84 pregões, com a aplicação de um deságio de 30%.

O período para exercer o direito de preferência teve início em 24 de agosto e terá término em 22 de setembro de 2023, na proporção de 1,39%.

De acordo com a Itaúsa, os recursos captados serão destinados para o reforço do caixa da empresa, bem como para ampliar o seu nível de liquidez.

A Itaúsa é uma das dez maiores empresas do Brasil, gerando impacto significativo no mercado financeiro com as notícias sobre seu direito de subscrição. 

A fim de avaliar a viabilidade de aderir ao direito de subscrição da Itaúsa – ITSA2, o portal EuQueroInvestir explora se essa Ação é vantajosa ou não para os investidores.

ITSA2: O que é o direito de subscrição?

Antes de abordarmos a subscrição da Itaúsa, é importante compreender o significado desse conceito do mercado financeiro.

O direito de subscrição é um privilégio concedido aos acionistas de uma empresa. De maneira simples, as empresas oferecem aos seus acionistas a oportunidade de adquirir novas Ações, geralmente a um preço mais vantajoso em relação ao valor corrente de mercado. Esse processo é efetuado antes que as Ações sejam disponibilizadas ao público em geral.

Para entender melhor, imagine que você seja acionista de uma empresa que está buscando levantar mais capital para financiar seus projetos de expansão. Nesse contexto, a empresa pode optar por emitir novas Ações para captar recursos. Como acionista, você tem o direito de subscrever essas novas Ações antes que elas sejam oferecidas a novos investidores.

Essa regalia é uma maneira de recompensar e incentivar os acionistas atuais, permitindo que eles aumentem sua participação na empresa sem incorrer em custos exorbitantes. No entanto, não é obrigatório exercer esse direito. 

Vale ressaltar que, em muitos casos, o preço de subscrição é mais baixo do que o valor de mercado das Ações. Isso significa que, se o acionista optar por exercer seu direito de subscrição, ele pode adquirir novas Ações a um preço atrativo, potencialmente gerando benefícios financeiros no futuro.

Vale a pena entrar no direito de subscrição da Itaúsa?

Agora que você compreende o significado do direito de subscrição, vamos analisar o caso Itaúsa. Denis Miyabara, do canal “Investir e Coçar” e sócio da EQI Investimentos, faz uma recomendação cautelosa aos investidores, alertando que há possibilidade de complicações com a subscrição da Itaúsa.

As Ações da subscrição da Itaúsa estão atualmente sendo negociadas sob os códigos ITSA1 e ITSA2, em que o primeiro corresponde às ações ordinárias e o segundo às ações preferenciais. Em um post no Instagram, Miyabara menciona que esses papéis estão sendo negociados a R$ 3,08.

Entretanto, os investidores precisam ficar atentos ao preço mais baixo desses ativos, considerando que é crucial examinar a cotação das ações ITSA3 e ITSA4, com esta última sendo comercializada a R$ 9,31, durante a tarde desta quinta-feira (31).

“O que você tem que fazer para saber se vale a pena ou não é somar o valor que você vai comprar o direito de subscrição que é R$ 3,08 mais R$ 6,50 que é o valor de exercício dessa subscrição. Obviamente, ela tem que estar com o valor abaixo do mercado. Então, nesse caso aqui não vai valer a pena porque a soma dos dois vai dar maior que o valor da ação atualmente”, explica o sócio da EQI. 

Ao somar o preço de emissão (R$ 6,50) com o direito de subscrição (R$ 3,08), o valor total atingiria R$ 9,58. Tendo em vista que o valor corrente é em torno de R$ 9,31, o direito de subscrição se mostra superior ao valor de mercado. Por essa razão, de acordo com a avaliação de Miyabara, não se justifica participar no direito de subscrição da Itaúsa.

Então, ITSA2 é um grande perigo e ela vai morrer. Ela vai virar pó no dia 22 de setembro. Assim, tenha muito cuidado e abra esse olho”, reforça.