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Axia Energia registra prejuízo líquido de R$ 5,4 bilhões no 3TRI25

Axia Energia registra prejuízo líquido de R$ 5,4 bilhões no 3TRI25

A Axia Energia — nova denominação da antiga Eletrobras (ELET3) — encerrou o terceiro trimestre de 2025 (3TRI25) com lucro líquido ajustado de R$ 2,18 bilhões, o que representa uma queda de 68% em relação ao mesmo período do ano anterior. Sem ajuste, houve prejuízo de R$ 5,4 bilhões ante lucro líquido de R$ 7,1 bilhões do mesmo período do ano passado, revertendo esse resultado.

A retração foi influenciada principalmente pela menor remensuração regulatória, que somou R$ 303 milhões, ante R$ 6,13 bilhões em 2024, quando a companhia havia registrado o impacto positivo da Revisão Tarifária Periódica.

Apesar da queda no lucro, a companhia manteve uma posição sólida de geração de caixa e desempenho operacional. O EBITDA regulatório ajustado totalizou R$ 6,42 bilhões no trimestre, alta de 3,4% em relação ao 3TRI24, impulsionado pelo crescimento de 9,8% na receita de transmissão e pela redução de 10,1% nas despesas com pessoal, material, serviços e outros (PMSO).

A receita líquida regulatória ajustada foi de R$ 9,97 bilhões, recuo de 4,6% em comparação ao mesmo período de 2024. O resultado refletiu o menor desempenho da geração, devido à alienação das térmicas do Amazonas e à ausência de venda adicional de energia da hidrelétrica de Tucuruí, que havia ocorrido no 3T24.

Axia Energia: margem de contribuição de geração avança no 3TRI25

No entanto, a margem de contribuição da geração avançou de R$ 48/MWh para R$ 86/MWh, enquanto o número de clientes no mercado livre de energia (ACL) cresceu 16% em um ano, alcançando 813 consumidores.

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A companhia anunciou ainda a distribuição de R$ 4,3 bilhões em dividendos referentes ao trimestre, totalizando R$ 8,3 bilhões em proventos no exercício de 2025 — o equivalente a R$ 4,01 por ação preferencial e R$ 3,65 por ação ordinária e golden share.

Em linha com sua estratégia de simplificação e foco em ativos renováveis, a Axia concluiu importantes transações nos últimos meses, incluindo a venda da Eletronuclear à J&F por R$ 535 milhões e da participação na EMAE à Sabesp (SBSP3) por R$ 476,5 milhões, além da aquisição da totalidade da Tijoá Energia por R$ 247 milhões. Com a alienação da usina termelétrica (UTE) Santa Cruz, em outubro, a companhia passou a deter um portfólio 100% renovável, reforçando o compromisso com a meta de neutralidade de carbono até 2030 (Net Zero 2030).

A empresa também destacou o sucesso no leilão de transmissão 04/2025, no qual arrematou quatro lotes com Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 138,7 milhões e investimento (CAPEX) estimado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em R$ 1,63 bilhão.

Os investimentos da Axia somaram R$ 2,7 bilhões no trimestre, um crescimento de 57% na comparação anual, com destaque para os aportes em reforços e melhorias em transmissão, que avançaram 28%. Atualmente, a companhia executa 230 empreendimentos de grande porte, que devem adicionar R$ 1,7 bilhão em RAP entre 2025 e 2030.

A dívida líquida totalizou R$ 42,6 bilhões, aumento de 9,5% em relação a 2024, em função do pagamento de dividendos e da redução de caixa. O prazo médio da dívida caiu para 3,9 meses e o custo médio subiu ligeiramente, para CDI + 0,64% ao ano.

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