A EQI Research publicou relatório com sua carteira recomendada de ações para o mês de agosto. Para este mês, a casa de análise não realizou alterações. Continua a manter as recomendações em setores como petróleo, bancos e saneamento e sem se aproximar de commodities metálicas.
O relatório informou que foi mantida a exposição a papéis e setores que entende ter dinâmica positiva de modo a diferenciar o retorno de um cenário macro ainda bastante nebuloso. Os setores de petróleo, com PRIO (PRIO3), Petrobras (PETR4) e 3R (RRRP3); bancos, com Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4); e saneamento, com Sabesp (SBSP3) seguem como os mais relevantes da carteira.
“Por falar em Sabesp, apesar da conclusão de seu processo de privatização ao longo do mês de Julho, não podemos ignorar o potencial de destravamento de valor ainda a ocorrer à medida que o Grupo Equatorial, novo acionista de referência, assumir efetivamente o comando da empresa”, diz trecho do relatório.

Carteira recomendada de ações: desempenho de julho
Ao longo de julho, a carteira EQI subiu 5,3%, bem mais do que a variação do Ibovespa, que subiu 2,9%. No mesmo período, o Índice de Small Caps (SMLL) subiu 1,7%. Sabesp , PRIO e CPFL (CPFE3) foram as ações que mais contribuíram positivamente no mês, enquanto Petrobras, 3R e Banco do Brasil foram as detratoras.
De acordo com o relatório, o valuation atual do Ibovespa segue bastante descontado, negociando a 7,9x o múltiplo P/L 2024, desconto de 37,4% versus outros mercados emergentes, e continua a ser fator importante de suporte.
“Dos três tópicos chave para o comportamento da bolsa, tivemos notícias positivas no principal deles, o cenário de corte de juros nos EUA, cujo primeiro movimento deve ocorrer em setembro. No lado doméstico, porém, tanto a situação fiscal como a possível necessidade de mudança de tom na comunicação do Banco Central quanto à tendência da Selic continuam a nos trazer preocupações”, avaliou a casa de análise.
Cenário
Pelo lado econômico, a EQI Research informou que continua a monitorar os três tópicos macro que julga como sendo chave para a bolsa brasileira: possível corte de juros nos EUA, situação fiscal do Brasil e novo presidente do Banco Central.
Do lado positivo, a última reunião do Federal Reserve (Fed) reforçou as expectativas de início de corte de juros para setembro. Além disso, o consenso de mercado agora espera três cortes ainda este ano, versus dois cortes esperados até o mês passado.
“A nosso ver, cada vez mais o fluxo estrangeiro passa a ser determinante para o comportamento da bolsa brasileira no curto prazo”, completa.
No cenário doméstico, o panorama cenário fiscal continua deteriorando, com cortes orçamentários anunciados pelo governo federal ao longo de julho (R$ 15 bilhões) bastante abaixo do que o mercado considerava como mínimo para que as regras do arcabouço sejam cumpridas (que era de R$ 45 bilhões). A transição de comando no Banco Central continua pendente, agora agravada pelo cenário inflacionário local.
“De fato, a contínua deterioração das expectativas de inflação para 2025 traz riscos concretos de uma comunicação (e ação) mais dura do Banco Central sobre a trajetória da taxa Selic no curto prazo”, completa a EQI Research.

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