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Buy and Hold: entenda a estratégia e saiba como escolher as empresas para comprar e segurar!

Buy and Hold: entenda a estratégia e saiba como escolher as empresas para comprar e segurar!

“Buy and hold” é uma filosofia ou metodologia de investimentos que consiste em, basicamente, comprar e segurar as ações por um longo prazo ou até mesmo nunca vendê-la.

Normalmente, quem faz isso tem um olhar de sócio e não, puramente, especulativo sobre o investimento.

Essa filosofia, por incrível que pareça, também é cíclica e, no momento, está sendo muito evidenciada.

Pois é exatamente nos momentos pós-crise que os holofotes se voltam para esse tipo de investimento.

Isso porque há muita decepção com ações de empresas especulativas nesses períodos e o pensamento volta para o senso comum de: “ah, se eu tivesse investido em empresa X… Em empresa y…”.

Essas empresas X e Y, normalmente, são as que os buy and holders já estão comprados ou namorando.

Todavia, em sentido contrário, em momentos de juros baixos, essas empresas parecem virar abóboras e perdem o encanto.

Ficam escanteadas, já que, nesses períodos, não sofrem com tanta volatilidade em suas cotações e não têm subidas gigantescas como as de algumas small caps e, mais recentemente, de ex-startups e techs – que caíram recentemente na mesma velocidade e intensidade que subiram há uns anos.

Buy and hold: quais empresas comprar?

Entendido isso, você deve estar se perguntando: tá, mas eu devo ser sócio de quais empresas, então?

Aí é uma pergunta que vai depender muito. Mas dá para se criar um mínimo padrão para começar o processo de escolha dessas ações.

  1. Olhe o ramo de atuação da empresa: ela é líder no setor e você é conhecedor desse setor?
  2. O quanto de dividendos essa empresa tem pago nos últimos anos? Escolha ações que pagam acima de 6% ao ano.
  3. Escolha ações que sobem seu lucro ano após ano.
  4. Procure setores que são essenciais para a sociedade, como, por exemplo, energia e saneamento.
  5. P/VP (preço sobre valor patrimonial): este indicador vai te mostrar se a cotação da ação está cara (acima de 1) ou barata (abaixo de 1).

Qual a hora de vender a ação?

Uma outra grande pergunta que sempre fazem para o investidor buy and hold é: qual é a hora de vender?

Normalmente, o buy and hold demora muito para comprar uma ação, porque, de fato, estudou muito a empresa antes de comprar.

Há alguns casos em que a empresa muda sua filosofia de investimento, como mais recentemente aconteceu com a Itaúsa (ITSA4), que deixou de ser uma “vaca leiteira” para os amantes de dividendos e, agora, quer crescer a sua base de empresas e está reinvestindo seus lucros na compra de participação de novas empresas.

Buy and hold: esta é a melhor maneira de investir?

Mas, agora, te pergunto. Será que essa é a melhor maneira de investir?

Pois bem, essa é uma filosofia bem romântica, fácil e simples para investir. O que eu vejo é que grandes investidores usam esse jeito de investir somente em parte de sua carteira.

Precisamos ser flexíveis ao investir e mudar de opinião sempre, pois a economia e a nossa vida são muito dinâmicas e, vira e mexe, surgem no feed do Instagram alguns gráficos das empresas que eram dominantes há 20 anos e, agora, algumas delas já sumiram do mapa ou já não têm tanta relevância.
Por isso, meus amigos, buy and hold ou não, façam a gestão ativa de suas carteiras e rebalanceie sempre que preciso. Afinal de contas, a amada de hoje pode ser o mico de amanhã.

Gráfico com recomendação de carteira de acordo com o perfil de investidor
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Por Denis Miyabara, assessor de investimentos

Veja em detalhes da estratégia vencedora de Buffett

O lendário investidor americano Warren Buffett, por exemplo, é adepto do Buy and Hold.

Veja agora quais são as vantagens e desvantagens!

Com foco no longo prazo, os ganhos virão da valorização das cotas compradas e também da distribuição de dividendos/proventos ao longo dos anos.

Os holders acreditam nos fundamentos da empresa e na eficiência do mercado no longuíssimo prazo.

Essa estratégia é muito usada para quem tem objetivos para a aposentadoria.

Entenda o papel dos dividendos:

Os dividendos são parte do lucro de uma empresa, distribuídos em determinados períodos. Eles são repassados em dinheiro e caem direto na conta da sua corretora. Quanto mais capital você tiver investido em ações ao longo dos anos, maior será seu rendimento com dividendos.

Um dos muitos indicadores analisados na hora de se comprar um ativo é o Dividend Yield. Ou seja, um índice percentual que mede o rendimento dos dividendos em um período de tempo em relação ao preço de suas ações.

Mas, cuidado, pois nem todas as empresas pagam dividendos. As companhias de capital aberto que registram prejuízos não têm lucros para distribuir. 

A empresa também pode optar por distribuir dividendos para gerar caixa ou usar essa verba para reinvestimentos, pensando em expandir os negócios.

Porém, a grande maioria das empresas brasileiras tem, por convenção, distribuir pelo menos 25% dos lucros para seus acionistas, trimestralmente, semestralmente ou até mesmo anualmente.

No caso dos Fundos Imobiliários, todos são obrigados por lei a distribuir 95% do seu resultado semestralmente. Porém, na prática, a maioria paga dividendos mensais.

Será que vale a pena esperar?

Historicamente, os adeptos dessa estratégia tem bons resultados no longo prazo. Mas é um método que exige muita paciência, estudo e envolve os riscos da renda variável.

Assim, a recomendação é que você analise muito bem a empresa antes de comprar, examine bem seus indicadores, faça comparações com empresas do mesmo setor e estipule metas de longo prazo.

E não se esqueça de diversificar seus ativos! Nunca coloque todo seu dinheiro em uma ou duas empresas ou em um ou dois setores. 

Tenha vários ativos e de vários ramos para diversificar seu portfólio. Assim, se houver algum problema com algum ativo, sua carteira não sofrerá grandes impactos.

É preciso paciência e sangue frio para aguentar a volatilidade diária dos mercados. Esqueça as notícias que impactam seus ativos no curto prazo e foque sempre nos fundamentos da empresa que levaram você a escolher aquela ação.

O poder dos dividendos ao longo do tempo e a valorização das ações é o combo perfeito para quem pratica esta estratégia de investimentos.

Vantagens e desvantagens

Como toda estratégia, existem vantagens e desvantagens inerentes ao método:

Vantagens do Buy and Hold:

Você ganha de duas formas: na possível valorização das cotas no longo prazo e também no recebimento de dividendos. A dica de ouro é reinvestir todo dividendo que você recebe, por menor que seja no início. No longo prazo, quem reinveste os dividendos tende a ter um acúmulo muito maior de patrimônio;

Diferente de quem opera Day Trade ou Swing Trade e faz várias operações, nessa estratégia você vai comprar ativos poucas vezes no mês. Assim, os custos de transações de operações (taxas e impostos) serão mais baixos.

A volatilidade do mercado de curto prazo não deve ser preocupação para o holder. Se ele está investindo pensando para daqui a 10, 20, 30 anos, o que ocorre amanhã ou mês que vem na política ou na economia tende a não ter tanta relevância no longo prazo.

Como a proposta de ser “sócio” da empresa que você comprar, uma vantagem é não precisar ficar vendendo e comprando constantemente, nem analisando diariamente os indicadores ou cotações. Uma vez que você faça uma boa análise da empresa que pretende comprar, o indicado é fazer uma reavaliação dela a cada seis meses ou até um ano.

Desvantagens 

Muita paciência, sangue frio, disciplina e visão de longo prazo. Sem esses requisitos dificilmente você conseguirá manter uma estratégia por décadas. No início, seus dividendos podem vir em centavos ou dezenas de reais, mas é a constância e a reaplicação desse dinheiro que fará o efeito dos juros compostos multiplicar seu patrimônio.

É preciso uma análise detalhada do ativo antes de fazer a compra. Isso também requer paciência, tempo e disciplina para analisar vários indicadores. Para os iniciantes, a tarefa pode não ser tão fácil. Mas com determinação você consegue identificar as melhores oportunidades.

Outra desvantagem, também para os principiantes, é saber quando vender os ativos. Para isso, é fundamental fazer uma análise fundamentalista, assim você saberá identificar se a ação está cara ou barata.

Quando vender um ativo?

Nessa estratégia de investimentos não se aconselha comprar os ativos e depois nunca mais revisar seus fundamentos.

Pelo contrário! Você deve sim estar sempre de olho no mercado, nos principais fatos que dizem respeito à empresa que você comprou e também ao setor a que ela pertence.

Uma empresa que tem hoje boa governança, bons números, caixa robusto e boas margens, não necessariamente estará assim no próximo ano ou na próxima década.

Por isso, tenha sempre em mente que você deve saber o porquê de ter comprado determinado ativo e se faz sentido, ao longo dos anos, continuar investindo naquela empresa.

As 10 maiores pagadoras de dividendos da Bolsa de Valores:

Abaixo listamos as empresas que pagaram os maiores dividend yelds nos últimos 10 anos na Bolsa de Valores. 

Os percentuais são relativos à média para por ano nesta última década.

  1. Taesa (TAEE11): 11,16%
  2. Cemig (CMIG4): 8,96%
  3. Vivo Telefônica (VIVT4): 7,71%
  4. Sanepar (SAPR4): 7,43%
  5. Santander BR (SANB3): 6,18%
  6. Copel (CPLE3): 6,03%
  7. Banco do Brasil (BBAS3): 5,97%
  8. Itaúsa (ITSA4): 5,91%
  9. Banrisul (BRSR6): 5,81%
  10. Grendene (GRND3): 5,81%

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Como escolher uma empresa para uma carteira de dividendos

Dentre as diversas estratégias que podem ser utilizadas por quem deseja investir na Bolsa, uma delas é a montagem de uma carteira focada em dividendos.

No entanto, escolher empresas que paguem bons dividendos é uma tarefa que pode exigir alguma dedicação da parte do investidor, pois são necessárias análises dos fundamentos dessas empresas e, também, de alguns indicadores.

Os principais indicadores são o DY (Dividend Yield) e o DP (Dividend Payout), do qual falaremos a seguir.

Dividend Payout

O Dividend Payout é o indicador que mostra ao investidor quanto do seu lucro líquido, uma empresa costuma distribuir aos seus acionistas por meio de dividendos ou de juros sobre o capital próprio.

Em sua análise, o investidor deve considerar, pelo menos, os últimos dez anos do DP de uma companhia, pois isso permitirá ter uma noção do perfil dessa empresa, ou seja, se ela costuma pagar bons dividendos a seus acionistas ou não.

Regra geral, as empresas com um bom DP costumam se manter assim com o passar dos anos. No entanto, situações adversas podem mudar essa realidade.

Por isso, o investidor deve sempre acompanhar o mercado e as empresas em que investe para identificar se elas continuam a ser interessantes do ponto de vista dos dividendos.

Dividend Yield

O Dividend Yield é um indicador que mostra ao investidor qual é o rendimento do dividendo pago por uma empresa.

Ele é fundamental na hora de analisar se vale a pena investir naquela companhia, principalmente quando se deseja saber como montar uma carteira de dividendos.

O DY é calculado com base no preço da ação e do valor dos dividendos recebidos pelo investidor.

Se uma pessoa adquiriu uma ação de determinada empresa por R$ 12,00, por exemplo, e a empresa pagou R$ 1,00 a título de dividendos em um semestre, o resultado do DY será: R$ 1 ÷ R$ 12 = R$ 0,08333…, ou seja, 8,33%.

Na prática, esse investidor obteve em seis meses o lucro de 8,33% com a sua ação.

Vale lembrar que o DY é um indicador que serve apenas como uma referência para o investidor, pois ele irá variar sempre a depender do valor pago pela ação no momento da compra.

Em nosso exemplo hipotético, utilizamos uma ação que foi adquirida a R$ 12,00. No entanto, imagine que você tenha comprado essa mesma ação em um momento de alta, em que ela era negociada a R$ 18,00.

Nesse caso, se fosse mantido o mesmo valor pago a título de dividendos (R$ 1,00 por ação), o percentual do DY seria de, apenas, 5,5%.

Já se a compra fosse feita em um período de baixa, em que a ação valia R$ 9,00, o DY seria de 11,1%.

Empresas que pagam bons dividendos também costumam ser bastante sólidas e, portanto, as suas ações costumam oscilar menos na Bolsa.

Assim, quem consegue adquirir ações dessas empresas em momentos de baixa, pode elevar bastante o seu resultado a título de DY.

Escolhendo empresas com bons fundamentos

Além dos indicadores acima, outra análise importante que o investidor deve fazer diz respeito aos fundamentos da empresa escolhida.

Em suma, essa análise serve para encontrar as empresas com bons fundamentos no mercado, ou seja, que geram valor a seus investidores.

Em regra, tal análise deve levar em consideração alguns indicadores da companhia, como, por exemplo, o seu lucro anual, o controle de sua dívida e o seu fluxo de caixa.

No geral, as empresas líderes de cada segmento da economia costumam ter melhores fundamentos. A sua posição no mercado, já consolidada, ajuda bastante nisso.

Essas empresas normalmente não precisam gastar muito dinheiro para reinvestir na própria atividade, uma vez que são negócios já bem desenvolvidos. Por isso, podem pagar dividendos maiores a seus investidores.

As empresas que estão em crescimento costumam reinvestir bastante o seu lucro em seus próprios negócios, portanto, na visão de especialistas, são desaconselháveis em uma carteira de investimentos focada em dividendos.

  • Buy and Hold: se precisar de ajuda para um estudo da sua carteira de investimentos, é só chamar aqui a equipe da EQI. Preencha o formulário, que um assessor irá entrar em contato.