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BTG vê desistência da Suzano sobre International Paper como positiva

BTG vê desistência da Suzano sobre International Paper como positiva

O banco BTG Pactual ($BPAC11) vê como positiva a notícia da desistência da Suzano ($SUZB3) em adquirir a norte-americana International Paper. O banco de investimentos avaliou que a notícia é bem recebida pelo mercado e as ações deverão reagir bem. A recomendação é de compra.

Para o banco, não está descartada uma recuperação de até 20% nos próximos dias. “No entanto, conforme discutido em uma nota recente, os investidores podem levar algum tempo para reespecificar totalmente as ações de volta aos níveis que estavam sendo negociados antes dos rumores”, informou trecho do relatório.

Para o BTG, o mercado havia enxergado essa aquisição como sendo “grande demais” para a Suzano e com pouco potencial de sinergia.  O fato de a alavancagem pós-acordo possivelmente passar para 4,5-5x a dívida líquida em relação ao EBITDA e colocar pressão sobre o balanço e a classificação de grau de investimento foi um fator crítico que pesou para os investidores.

Com o acordo terminando, não acreditamos que a Suzano desista de sua estratégia de internacionalização, mas não há outra IP no mundo que a Suzano possa buscar, em nossa opinião”, ressaltou o BTG.

Estratégia de internacionalização da Suzano (SUZB3)

O relatório aponta ainda que a fabricante de celulose poderia ser “forçada” a adotar uma estratégia de internacionalização mais lenta: fazer aquisições menores e entrar gradativamente nos mercados internacionais.

O banco cita a aquisição da Lenzing como um exemplo perfeito de testar as águas em um novo mercado e uma nova geografia: movimento considerado pequeno, de aproximadamente R$ 1 bilhão, sem risco de balanço, participação minoritária com assento no conselho, e uma opção para uma aquisição total – muito menos arriscada tanto do ponto de vista estratégico como de alavancagem.

Ainda de acordo com o relatório, muita coisa mudou desde que a notícia da possível aquisição saiu em 7 de maio. Naquela época, as ações eram negociadas na faixa de R$ 60 a R$ 65, e ainda não refletiam seu projeto transformacional de Cerrado, que adicionará mais de 20% de capacidade de baixo custo (celulose). 

Além disso, o real desvalorizou quase 10%, e os gestores de fundos historicamente usam a Suzano como hedge cambial para o mercado de ações.

“Apenas para fins de argumentação aqui, se assumirmos uma depreciação estrutural de 5% no real, calculamos o VPL/ação adicional para a Suzano em R$ 4-5.  Portanto, seria justo dizer que, teoricamente, a Suzano poderia estar negociando pelo menos cerca de R$ 65/ação vis-à-vis sua faixa atual de preço de R$ 50-51/ação. Há algum retorno interessante aqui”, aponta outro trecho do relatório.

Por fim, na opinião do BTG, a tese de investimento agora volta a ser o consenso que era antes do início dos rumores da transação, com base em: entrega do projeto (Cerrado, não precificado), mercado de celulose ainda saudável, câmbio mais alto, e desalavancagem. 

“As ações agora estão ainda mais baratas do que antes, sendo negociadas em níveis de múltiplos muito baixos de 4,5x EV/EBITDA 25 (vs. ~7x no preço alvo em nossa opinião). É difícil prever quando veremos essa reavaliação completa ocorrer”, avaliou.

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