O BTG Pactual (BPAC11) reiterou sua recomendação de compra para a Gerdau (GGBR4), destacando o desempenho considerado acima do esperado pela companhia no setor de mineração e siderurgia, impulsionado por um EBITDA acima das projeções e um forte fluxo de caixa. A empresa registrou EBITDA de R$ 3 bilhões, superando em 5% as estimativas e marcando um crescimento de 15% em relação ao trimestre anterior.
De acordo com relatório do banco de investimentos, esse desempenho foi principalmente atribuído ao sucesso do programa de redução de custos no Brasil, onde a GGBR4 alcançou uma margem EBITDA de 16,9%, frente à expectativa inicial de 15,8%.
A Gerdau também apresentou um fluxo de caixa expressivo, alcançando R$ 1,2 bilhão no trimestre, o que representa um yield anualizado de 12,5%. Esse montante foi favorecido por uma entrada de R$ 1,8 bilhão decorrente da exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS, fator que reduziu a dívida líquida da empresa para R$ 3,7 bilhões e a alavancagem para 0,3x EBITDA.
Além disso, a companhia informou que segue comprometida com o programa de recompra de ações, tendo adquirido cerca de 40 milhões de ações, equivalente a 2% de seu valor de mercado, e pretende intensificar essa estratégia.
Gerdau (GGBR4): resultados regionais
A performance da Gerdau variou entre as regiões onde opera. No Brasil, o EBITDA alcançou R$ 1,14 bilhão, superando as projeções do BTG em 7% e registrando uma alta de 114% no trimestre, com margem EBITDA de 17%. Esse crescimento foi impulsionado pela forte demanda por aços longos e pelas exportações. Nos Estados Unidos, o EBITDA foi de R$ 1,15 bilhão, 6% acima das expectativas, apesar de uma queda trimestral de 17%, refletindo a menor demanda por aço e um mix de produtos menos favorável.
Na América do Sul, contudo, o EBITDA foi de R$ 230 milhões, 13% abaixo do esperado, devido à fraca demanda, especialmente na Argentina.
Para o BTG, a Gerdau demonstra estar bem posicionada para sustentar seu programa de investimentos e recompra de ações, com impacto mínimo na alavancagem. Além disso, a companhia se destaca no setor por sua rentabilidade elevada no Brasil e por resultados sólidos na América do Norte, o que justifica a avaliação de que a Gerdau está subvalorizada em comparação aos pares norte-americanos.
A expectativa é de que o bom momento operacional continue, com as ações da Gerdau negociadas a múltiplos inferiores a 4x EBITDA 25, e yields de fluxo de caixa próximos de 9-10%.
Balanço da Gerdau
A companha informou que o lucro líquido, de R$ 1,432 bilhão, apresentou queda de 10% no terceiro trimestre (3TRI24) em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando totalizou R$ 1,59 bilhão.
De acordo com o balaço da GGBR4, as vendas de aço totalizaram 2,83 milhões de toneladas no trimestre, uma alta de 4,3% sobre o período anterior, enquanto a receita líquida somou R$ 17,38 bilhões, representando um crescimento de 4,6% no trimestre. No entanto, comparado ao ano anterior, a receita acumulada do ano caiu 7,4%, totalizando R$ 50,2 bilhões.
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