O BTG Pactual ($BPAC11) manteve sua recomendação neutra para a Azul (AZUL4) após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024 (4TRI24), com preço-alvo de R$ 17. A companhia aérea apresentou receita líquida de R$ 5,5 bilhões, crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, e um EBITDA de R$ 2,0 bilhões, alta de 33% na mesma base de comparação.
O banco recomenda que investidores continuem monitorando três fatores-chave: a alavancagem e gestão de passivos, os custos operacionais e a potencial fusão com a Gol. A recomendação neutra para a Azul é mantida até que haja maior clareza sobre a diluição de capital e o impacto do possível acordo com a Gol ($GOLL4) e o grupo Abra.
O lucro líquido ajustado foi positivo em R$ 62 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 271 milhões registrado no 4TRI23. No entanto, a empresa reportou um prejuízo financeiro de R$ 4 bilhões, impactado por despesas financeiras e variação cambial.
De acordo com relatório do banco de investimentos, a $AZUL4 manteve as tarifas estáveis em relação ao ano anterior, enquanto sua taxa de ocupação avançou para 84%, um crescimento de 4,2 pontos percentuais. O custo por assento-quilômetro (CASK) excluindo combustível ficou inalterado, enquanto o CASK total teve uma redução de 7%. A companhia viu crescimento de 10% tanto na receita com passageiros quanto na receita de carga e outros serviços, sustentado por um ambiente de forte demanda e expansão da capacidade.
Azul (AZUL4): aumento da alavancagem segue como desafio
A Azul encerrou o trimestre com um caixa de R$ 1,3 bilhão, alta em relação aos R$ 1,1 bilhão do trimestre anterior. A liquidez total, incluindo contas a receber, subiu 23% no trimestre, para R$ 3,1 bilhões, representando 16% da receita dos últimos doze meses. Contudo, a dívida líquida da companhia aumentou para R$ 29,6 bilhões, ante R$ 24,5 bilhões no terceiro trimestre, elevando a relação dívida líquida/EBITDA para 4,9x, contra 4,4x anteriormente. O aumento da dívida bruta em R$ 5,7 bilhões foi impulsionado pela desvalorização do real.
Segundo a Azul, considerando a taxa de câmbio atual de R$ 5,70 e ajustando a dívida para as novas aeronaves incorporadas à frota, a alavancagem teria sido de 4,15x. Com a reestruturação recentemente anunciada e a taxa de câmbio ajustada, a relação dívida líquida/EBITDA poderia cair para 3,7x. O capex do trimestre foi de R$ 488 milhões, um aumento de 20% na comparação anual, refletindo investimentos em manutenção de motores, aquisição de peças de reposição e pagamentos antecipados para novas aeronaves.
Veja como foi o balanço da Azul (AZUL4)
A companhia aérea registrou um prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões no quarto trimestre de 2024 (4TRI24), em contraste com o lucro registrado no mesmo período de 2023. Apesar do resultado negativo, o lucro líquido ajustado foi de R$ 62,4 milhões, revertendo o prejuízo ajustado do ano anterior.
O lucro operacional também apresentou alta de 40,2% no trimestre, atingindo R$ 1,238 bilhão, enquanto a receita operacional alcançou o recorde histórico de R$ 5,5 bilhões, impulsionada pela alta demanda e aumento de capacidade.
O EBITDA também apresentou desempenho positivo, somando R$ 1,950 bilhão, alta de 33% no período. A margem EBITDA foi de 35,2%, posicionando-se como uma das mais altas do setor global, superando em 6 pontos percentuais a marca do 4TRI23.
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