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BTG mantém neutralidade para Natura após 4TRI23

BTG mantém neutralidade para Natura após 4TRI23

O banco BTG Pactual ($BPAC11) manteve neutralidade para Natura ($NTCO3) após os resultados da empresa relativos ao quarto trimestre do ano (4TRI23), com preço-alvo a R$ 18. Segundo o banco de investimentos, a empresa de cosméticos apresentou resultados considerados fracos devido aos ajustes em andamento e ao impacto da desvalorização do peso argentino, com a marca Natura sendo o destaque nas vendas na América Latina, juntamente com a expansão da margem bruta, parcialmente compensada pela Avon na América Latina.

Conforme declarado em relatórios anteriores desde o rebaixamento da Natura em 2022 para Neutro, o banco de investimentos acredita que a companhia enfrentou dois desafios significativos no início de 2023: alta alavancagem em meio a um ambiente de altas taxas de juros, que foi endereçado pelos desinvestimentos da Aesop e da The Body Shop; e desafios na recuperação da Avon (na América Latina e internacionalmente), com um grande turnaround ainda em andamento (principalmente em seus principais mercados na América Latina).

“Embora gostemos de ver os esforços para simplificar a sua estrutura e melhorar as margens, o ritmo de recuperação permanece incerto (com os números do quarto trimestre ainda afetados pela recuperação na América Latina), o que nos leva a manter a nossa recomendação neutra”, completa o relatório.

Faturamento de Natura abaixo do esperado

O faturamento foi de R$ 6,6 bilhões, sendo 7% abaixo do esperado. A Natura&Co LatAm contribuiu negativamente, com queda de receita de 18% na comparação anual, seguida pela Avon International (queda de 17%). Em sua operação na América Latina, a NTCO sentiu os impactos da implementação da Onda 2, com o número de representantes de vendas caindo 15% no Brasil e 18% em outros mercados da América Latina.

Comportamento das ações da Natura

Em moeda constante, a receita consolidada cresceu 4,5% (ou queda de 5,1% excluindo a Argentina), impulsionada pelo crescimento de 8,6% na marca Natura no Brasil e pela expansão de 49% em outros mercados da América Latina (estável ex-Argentina), compensado por um declínio anual de 6% na Avon International.

“Olhando para a Avon LatAm, as vendas (considerando apenas produtos de beleza) caíram 12% a/a no Brasil (melhorando em relação ao trimestre anterior) e 19% em outros mercados latino-americanos (ex-Argentina), enquanto as receitas de Home & Style caíram 31%”, diz relatório do BTG.

Expansão da margem continua positiva para Natura

O relatório apontou ainda que a margem bruta consolidada aumentou 310 pontos base para 63% (sendo 70 ponto-base acima do esperado). A margem bruta da Natura&Co América Latina cresceu 380bps a/a, com margem EBITDA ajustada 250bps.

“A margem bruta mais forte foi impulsionada por preços mais elevados (desde o 1TRI23) e um melhor mix de categorias, parcialmente compensado por investimentos na implementação da Onda 2. A margem EBITDA ajustada da Avon Internacional cresceu 550bps (margem bruta 130bps a/a), também impulsionada por um mix favorável e preços mais elevados, juntamente com fortes iniciativas de redução de custos”, diz outro trecho do relatório.

O banco ressalta que esses números excluem uma redução ao valor recuperável de ágio de R$ 664 milhões da Avon International no quarto trimestre (contra R$ 317 milhões no ano passado). No nível consolidado, a NTCO registrou uma queda anual de 22% nas despesas de holding.

Balanço da Natura no 4TRI23

A empresa finalizou o quarto trimestre de 2023 (4TRI23) com um prejuízo líquido de R$ 2,62 bilhões, representando um aumento de 199% em comparação ao mesmo período do ano anterior, que registrou um prejuízo de R$ 890 milhões.

A empresa atribui esse resultado às operações descontinuadas, incluindo a venda da The Body Shop e o impairment da Avon, que impactaram o balanço em R$ 1 bilhão.

Apesar das adversidades no trimestre, a Natura reverteu a situação no acumulado do ano, alcançando um lucro líquido de R$ 2,97 bilhões em 2023, superando o prejuízo de R$ 204 milhões em 2022. Segundo a Natura, essa melhoria deve-se à rentabilidade consistente e a uma sólida posição de caixa.

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