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Natura tem prejuízo líquido de R$ 2,62 bi no 4TRI23, mas aprova R$ 979 mi em dividendos

Natura tem prejuízo líquido de R$ 2,62 bi no 4TRI23, mas aprova R$ 979 mi em dividendos

A Natura ($NTCO3) finalizou o quarto trimestre de 2023 (4TRI23) com um prejuízo líquido de R$ 2,62 bilhões, representando um aumento de 199% em comparação ao mesmo período do ano anterior, que registrou um prejuízo de R$ 890 milhões. 

A empresa atribui esse resultado às operações descontinuadas, incluindo a venda da The Body Shop e o impairment da Avon, que impactaram o balanço em R$ 1 bilhão.

Apesar das adversidades no trimestre, a Natura reverteu a situação no acumulado do ano, alcançando um lucro líquido de R$ 2,97 bilhões em 2023, superando o prejuízo de R$ 204 milhões em 2022. Segundo a Natura, essa melhoria deve-se à rentabilidade consistente e a uma sólida posição de caixa. 

Em decorrência disso, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos de R$ 979 milhões.

Contudo, a receita líquida do 4TRI23 sofreu uma redução de 17,4%, totalizando R$ 6,61 bilhões, e uma queda anual de 8,5%, fechando em R$ 26,73 bilhões. A Natura ressalta que o desempenho foi afetado por vários fatores, incluindo o crescimento de 8,5% da Natura &Co Latam e a diminuição de 18,9% da Avon Hispânica, excluindo a Argentina.

A companhia também relatou um EBITDA ajustado de R$ 670,6 milhões no 4TRI23, um acréscimo de 31% em relação ao ano anterior, e de R$ 2,72 bilhões em 2023, um aumento de 31,7% comparado a 2022. A margem EBITDA ajustada alcançou 10,1%, refletindo uma expansão de 370 pontos-base.

Dados do balanço da Natura

Natura: CEO destaca ano de 2023 e apresenta perspectivas para 2024

Fábio Barbosa, CEO da Natura, declarou que 2023 foi um ano notável para a empresa, com progressos significativos nas áreas estratégica, operacional e financeira. Ele enfatizou a reestruturação da holding, que proporcionou maior autonomia às unidades de negócio e avanços na simplificação das operações com a venda da Aesop e da The Body Shop.

Barbosa ressaltou a priorização da rentabilidade e conversão de caixa em detrimento do crescimento da receita, conforme anunciado em junho de 2022. “Nossa margem EBITDA ajustada aumentou 310 pontos-base em relação ao ano anterior, com crescimento em todos os trimestres e um fluxo de caixa livre positivo para a firma (FCFF) no ano”, afirmou.

O lucro do 4T23 evidencia a execução consistente da estratégia financeira e operacional da Natura ao longo do ano, com melhorias financeiras significativas, mesmo considerando os impactos da hiperinflação argentina.

Para finalizar, Barbosa mencionou o fortalecimento do balanço patrimonial da Natura, com a utilização dos recursos obtidos com a venda da Aesop para quitar mais de R$ 7,6 bilhões em dívidas, encerrando o ano com uma robusta posição de caixa líquido de R$ 1,7 bilhão.

2023 marcou um capítulo essencial na história da empresa, estabelecendo as bases para os ambiciosos objetivos que almejamos para 2024 e além. Confiamos nos resultados positivos da estratégia definida em 2022, mas é necessário continuar evoluindo. As margens e a geração de caixa seguem como prioridades no curto prazo, pavimentando o caminho para investimentos adicionais em marcas e tecnologia. Em 2024, a alocação de capital será crucial para a criação de valor futuro, com foco em investimentos nos principais mercados e projetos. Ainda antecipamos volatilidade na receita, mas com uma melhoria na rentabilidade do ano, especialmente excluindo a Argentina”, concluiu Barbosa.

Dividendos de R$ 979 milhões

Além da divulgação dos seus resultados do 4TRI23 e anual de 2023, a Natura anunciou a a distribuição de dividendos para o exercício social de 2023. O montante total a ser distribuído é de R$ 979,17 milhões, o que representa aproximadamente R$ 0,709217 por ação, com exceção das ações em tesouraria.

A “Data de Corte” para o direito aos dividendos é 19 de março. Os acionistas registrados nessa data serão elegíveis para receber os dividendos. As ações da empresa serão negociadas sem os direitos a dividendos a partir do dia 20 de março.

O pagamento dos dividendos está programado para o dia 19 de abril, e será efetuado sem qualquer remuneração adicional ou correção monetária.

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