O banco BTG Pactual (BPAC11) manteve a recomendação de compra para a Embraer (EMBR3), após a empresa brasileira fechar um grande acordo de até US$ 7 bilhões, marcando o maior pedido firme da história da empresa. O preço-alvo é de R$ 68.
O contrato inclui a aquisição de 182 jatos executivos, com opção de compra para mais 30 unidades. Além disso, abrange um pacote completo de serviços e suporte para os modelos Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E.
“Esse acordo é naturalmente positivo para a Embraer por vários motivos: expande significativamente a carteira de pedidos da aviação executiva, que já estava em um nível recorde de US$ 4,4 bilhões no 3TRI24; reforça o forte momento da aviação executiva global, com demanda sustentada no curto prazo; indica condições de precificação favoráveis, sugerindo alta rentabilidade para o contrato; e destaca o posicionamento diferenciado da Embraer, que oferece um portfólio totalmente integrado de aeronaves e serviços”, diz trecho do relatório.
Flexjet é cliente antigo da Embraer (EMBR3)
O relatório do banco de investimentos indicou que a Flexjet é uma líder global em aviação privada e atua no mercado de propriedade compartilhada desde 1995, sendo amplamente reconhecida pela excelência em serviços em diversas categorias.
Sua frota nos Estados Unidos inclui Gulfstream G650s e G450s, Embraer Praetor 500s e 600s, Embraer Phenom 300s e Bombardier Challenger 350s e 3500s. Na Europa, a frota conta com Gulfstream G650s e Praetor 500s. A empresa também opera helicópteros Sikorsky S-76 em ambas as regiões.
A Flexjet foi o primeiro cliente para quatro produtos da EMBR3: Legacy Executive (2003), Phenom 300 (2010), Legacy 450 (2016) e Praetor 500/600 (2019). Desde 2003, a companhia já recebeu mais de 150 aeronaves da Embraer.
“Com o pedido anunciado hoje, a Flexjet está praticamente dobrando sua frota de jatos, um indicativo relevante de confiança na fabricante brasileira”, diz outro trecho do relatório.
Maior contrato da aviação executiva
Segundo o BTG, esse pedido representa o maior contrato de aviação executiva da história da Embraer, sendo comparável em tamanho à encomenda de 133 jatos feita pela American Airlines no ano passado (avaliada em US$ 7 bilhões, incluindo opções) e superando o acordo de US$ 5 bilhões assinado com a NetJets em 2023.
Além disso, o contrato garante condições de precificação sólidas, o que deve beneficiar ainda mais a Embraer. O acordo também reforça o plano de expansão da capacidade produtiva da Embraer em Melbourne (Flórida), uma vez que NetJets e Flexjet agora somam mais de 400 pedidos de aeronaves — equivalente a 3-4 anos de produção.
“Esperamos que esse contrato siga um processo de conversão de backlog semelhante ao da NetJets, com unidades sendo entregues anualmente de acordo com a produção da companhia”, diz outro trecho do relatório.
No entanto, como a Embraer ainda não divulgou o cronograma de entregas, o impacto exato na carteira de pedidos atual permanece incerto – dado o alto percentual de pedidos firmes, não seria considerado surpreendente se uma grande parte já estivesse incluída no backlog.
“No geral, mantemos uma visão construtiva para a Embraer, considerando seu backlog crescente, precificação favorável e expansão na aviação executiva”, conclui o relatório.
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