O banco BTG Pactual (BPAC11) mantém compra para Itaú (ITUB4) após o balanço do banco referente ao terceiro trimestre do ano (3TRI23). O preço-alvo estabelecido pelo banco de investimentos é de R$ 36 por ação.
O relatório avaliou que, embora a inadimplência acima de 90 dias tenha permanecido estável em termos trimestrais. As tendências parecem ser consideradas muito favoráveis, com a taxa de inadimplência na fase inicial melhorando.
O banco de investimentos avaliou ainda que os dados mostram que o Itaú administrou bem seu portfólio em meio a um cenário considerado desafiador, sem prejudicar o crescimento ou a capacidade de geração de lucros.

Itaú (ITUB4): inadimplência manteve-se estável
De acordo com o BTG, o balanço do Itaú (ITUB4) mostrou que a taxa de inadimplência (NPL) acima de 90 dias, manteve-se estável em 3%, frente ao trimestre anterior. A inadimplência para carteira de pessoas físicas permaneceu em 4,9%, da carteira corporativa em 0,1%, e da carteira de crédito de América Latina em 1,3%.
Enquanto isso, a carteira de Pequenas e Médias Emrpesas (PME) no Brasil aumentou “apenas” 10 pontos base trimestralmente para 2,6%. “Os NPLs em fase inicial diminuíram 20 pontos base tri/tri para 2,3%, com reduções em todos os segmentos. No Brasil, o índice para pessoas físicas diminuiu 20 pontos base tri/tri, para 3,2%, devido à menor inadimplência em cartões de crédito e empréstimos pessoais”, detalhou o relatório do BTG.
Já a receita de prestação de serviços cresceu 3% sobre o segundo trimestre, para R$ 10,7 bilhões, aproximadamente 1% acima do esperado, impulsionada principalmente por maiores receitas de cartão, tanto de emissão quanto de aquisição, juntamente com maiores taxas de advisory e corretagem devido a maiores volumes de investment banking.
“A projeção de crescimento da receita de prestação de serviço para 2023 é agora de 4,7-6,7% (de 5-7%), reduzida apenas em 35p.p. mediante o impacto da venda do Itaú Argentina”, relatou o BTG.
Balanço no 3TRI23
O Itaú (ITUB4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 9,040 bilhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 11,9% na comparação com o mesmo período de 2022, quando o lucro líquido recorrente foi de R$ 8,079 bilhões.
O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) ficou em 21,1%, segundo o banco. Entre os fatores que mais influenciaram os resultados estão o aumento da margem financeira com clientes, impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, e o aumento das receitas de serviços e seguros, segundo informado pelo balanço do Itaú (ITUB4).