Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Ações
Notícias
BTG (BPAC11) mantém compra para Banco do Brasil (BBAS3) após balanço

BTG (BPAC11) mantém compra para Banco do Brasil (BBAS3) após balanço

O BTG Pactual (BPAC11) mantém compra para Banco do Brasil (BBAS3) após a divulgação do balanço referente ao terceiro trimestre do ano (3TRI23), com preço-alvo de R$ 66. De acordo com o banco de investimentos, os resultados ficaram um pouco abaixo do consenso, mas o lucro se alinhou com o que os dados do Banco Central de julho a agosto indicavam.

De acordo com o relatório do BTG, a margem financeira melhorou novamente, indicando um importante “carrego”, enquanto as receitas de prestação de serviço superaram as estimativas do banco de investimentos. O índice de eficiência também foi considerado melhor, apesar dos custos operacionais ligeiramente maiores.

“As maiores provisões de crédito decorreram do efeito AMER (aproximadamente R$ 500 milhões) o que não foi antecipado. Sem isso, o BB teria divulgado resultados acima do esperado”, relatou o BTG, referindo-se à dívida da Americanas (AMER3).

Entretanto, o BTG explica que outras receitas e despesas operacionais, além da provisão de crédito adicional, levaram os resultados a ficarem ligeiramente abaixo das expectativas. “Contudo, acreditamos que a dinâmica do quarto trimestre é favorável e deverá levar a melhores resultados no encerramento do ano”, diz trecho do relatório.

Banco do Brasil (BBAS3): provisões brutas ficam acima do esperado

O relatório diz ainda que as provisões brutas foram 9,5% acima do estimado, atingindo R$ 9,2 bilhões refletindo principalmente uma provisão adicional para Americanas, que passou do risco G (70%) risco H (100%), com impacto no EBT de aproximadamente R$500 milhões. “Excluindo esse efeito, as provisões brutas ficariam 3% acima do estimado ( 2% t/t; 35% a/a) atingindo R$ 8,6 bilhões”, completa o relatório.

Publicidade
Publicidade

As provisões expandidas (líquidas da recuperação de créditos) totalizaram R$ 7,5 bilhões, ou R$ 20,5 bilhões no acumulado do ano o que, de acordo com o BTG, significa que o quarto trimestre precisará chegar a R$ 6,5 bilhões para atingir o limite superior da projeção do Banco do Brasil para o exercício de 2023 para as provisões de crédito ampliadas (R$ 23 bilhões a 27 bilhões).

“A boa notícia é que não há mais efeitos de perda de crédito de AMER contratado, portanto os R$ 500 milhões podem ser vistos como algo pontual. Excluindo esse efeito, o BB teria apresentado um lucro melhor”, relatou outro trecho do relatório.

Expectativa de melhores resultados com juros baixos

O relatório do BTG reporta ainda que, durante uma conferência de CEOs, em Nova York, nos Estados Unidos, o Banco do Brasil já havia apresentado uma visão mais otimista sobre spreads e margem financeira.

“Esperamos que uma taxa Selic mais baixa beneficie o banco no curto prazo, e a administração estima um crescimento dos empréstimos acima da carteira de títulos nos próximos 6 a 18 meses”, diz trecho do documento.

Segundo o BTG, esta dinâmica deverá permitir que a margem financeira cresça em linha com a carteira de empréstimos em 2024, superando as expectativas do consenso e conduzindo potencialmente a um crescimento do lucro por ação de ‘um dígito alto’, enquanto o consenso de mercado espera lucros estáveis.

Balanço no 3TRI23

O banco estatal reportou lucro líquido ajustado de R$ 8,785 bilhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 4,5% na comparação com o mesmo período de 2022, quando o lucro líquido foi de R$ 8,403 bilhões.

O lucro líquido acumulado dos nove primeiros meses de 2023 registrado pelo banco é de R$ 26,119 bilhões, alta de 14% em relação ao apurado de janeiro a setembro do ano passado, de R$ 22,903 bilhões, segundo informou o balanço do Banco do Brasil (BBAS3).