A Novonor, ex-Odebrecht, quer vender sua participação na Braskem (BRKM5). O movimento tem a adesão de boa parte do mercado, mas não a totalidade. O Fundo Apollo, por exemplo, se opõe à alienação, pelo menos conforme o modelo proposto.
Por isso, na última sexta-feira (2) remeteu à companhia um reclame acerca das informações disponibilizadas no data room para a venda da companhia química.
Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, o fundo considera as informações de baixa qualidade. Com a vitória de Lula para a presidência, a Petrobrás não será simpática à venda da petroquímica e o que poderá ser vendido é somente a participação da Novonor na Braskem.
Vale lembrar que a equipe de transição do presidente eleito, bem como o próprio Lula, se opõe à venda de ativos por parte das companhias públicas brasileiras. Em certa medida, o mercado considera isso um entrave para transações previstas ou já encaminhadas.
Ainda assim, ninguém sabe ao certo como serão os primeiros meses do novo governo e, de certa maneira, isso causa algum temor e também gera especulação nos mercados.
Braskem (BRKM5): alienação
Conforme publicado pelo EuQueroInvestir no dia 4 de novembro de 2022, a Braskem (BRKM5) vai apoiar a alienação total da Novonor.
A companhia recebeu, à época, correspondência enviada pelo seu controlador Novonor S.A – em recuperação judicial, sobre as discussões em curso para a alienação de sua participação societária na companhia.
O documento elencou, que, “em função das discussões e análises atualmente em curso para eventual transação e como usual em processos dessa natureza, é possível que seja necessária a interação da Braskem com potenciais interessados, para o que solicitamos o apoio por parte da Braskem e dos seus administradores”.
E acrescentou que “neste momento, nenhuma concessão de exclusividade para qualquer interessado, oferta vinculante, bem como nenhuma definição ou decisão sobre a estrutura a ser adotada ou sobre qualquer alternativa relacionada ao processo de alienação”.
Nesse sentido, a Braskem informa que apoiará a Novonor em tal processo, inclusive com interações com potenciais interessados, observando a confidencialidade das informações.
Petrobras (PETR4)
No dia 3 de novembro de 2022 o Valor Econômico informou que a venda da fatia da Petrobras (PETR3; PETR4) na Braskem torna-se incerta com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Também disse que a petroleira contratou o banco J.P. Morgan para assessorá-la na operação no ano passado, quando a Novonor (ex-Odebrecht) decidiu vender sua participação.
E acrescentou que com a venda das ações da Novonor, a Petrobras poderá exercer ou não o direito de preferência de aquisição da fatia do sócio, também negociar sua parte ou continuar no negócio. Novonor, com 38,4% do capital total, e Petrobras, 36,15%, fazem parte do bloco de controle da petroquímica.
Ibovespa
A ação BRKM5 encerrou o dia 2 de dezembro de 2022 cotada em R$ 28,03.
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