O balanço da Meta (META; $M1TA34) referente ao terceiro trimestre de 2025 revelou lucro líquido de US$ 2,71 bilhões no 3TRI25, queda de 83% na comparação anual. O lucro por ação saiu de US$ 6,03 para US$ 1,05.
A gigante digital fundada por Mark Zuckerberg registrou uma receita de US$ 51,24 bilhões no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda no lucro decorre de uma despesa extraordinária de US$ 15,93 bilhões relacionada à implementação da nova legislação tributária dos Estados Unidos — o One Big Beautiful Bill Act, proposta pelo governo Trump e aprovada pelo Congresso em julho.
Segundo a empresa, a provisão foi necessária para adequar os registros contábeis às mudanças no imposto mínimo corporativo. Sem esse efeito não caixa, o lucro por ação diluído teria sido de US$ 7,25; com o impacto, o valor reportado ficou em US$ 1,05.
Balanço da Meta: projeções otimistas
Apesar do impacto fiscal, a Meta apresentou projeções otimistas para o quarto trimestre: espera receita entre US$ 56 bilhões e US$ 59 bilhões — faixa superior às expectativas de analistas. Por outro lado, elevou sua estimativa mínima de despesas totais para 2025, que agora devem variar entre US$ 116 bilhões e US$ 118 bilhões, acima do piso anterior de US$ 114 bilhões.
O CEO Mark Zuckerberg justificou o aumento dos custos pela crescente demanda por poder computacional para treinar e operar sistemas de inteligência artificial. “Isso sugere que fazer um investimento significativamente maior aqui tem grandes chances de ser algo lucrativo ao longo do tempo”, afirmou o executivo.
A Meta também revisou para cima suas previsões de investimentos em capital, que passarão a variar entre US$ 70 bilhões e US$ 72 bilhões — acima do limite inferior anterior de US$ 66 bilhões. Parte desses recursos será direcionada à expansão de data centers e serviços em nuvem.
A divisão de hardware Reality Labs, responsável pelos headsets de realidade virtual e pelos óculos inteligentes, voltou a pesar nos resultados. O segmento reportou um prejuízo de US$ 4,4 bilhões no trimestre, com vendas de US$ 470 milhões. A CFO Susan Li antecipou que a receita da unidade deverá cair no quarto trimestre, devido à ausência de novos lançamentos de headsets e à antecipação de compras pelos varejistas para a temporada de fim de ano.
Mesmo assim, Li destacou o bom desempenho dos novos óculos de inteligência artificial Meta Ray-Ban Display, lançados em setembro por US$ 799. O produto, que conta com tela integrada e pulseira neural, esgotou rapidamente. “Teremos que investir no aumento da produção e na venda de mais unidades”, afirmou Zuckerberg.
Número de usuários chega a 3,5 bilhões
O balanço da Meta também mostrou forte crescimento em seus negócios principais. As vendas de publicidade atingiram US$ 50,08 bilhões, superando as expectativas de US$ 48,5 bilhões, enquanto o número de usuários ativos diários em seus aplicativos — como Facebook, Instagram e WhatsApp — chegou a 3,54 bilhões, acima das previsões de 3,5 bilhões.
Mesmo com o impacto fiscal e o prejuízo persistente da Reality Labs, o balanço da Meta reforça o avanço de suas iniciativas em inteligência artificial, setor que tem recebido a maior parte dos investimentos estratégicos da companhia.
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