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Americanas (AMER3) formalizará processo de venda da Hortifruti nos próximos dias

Americanas (AMER3) formalizará processo de venda da Hortifruti nos próximos dias

A Americanas (AMER3) vai formalizar nos próximos dias o processo de venda da rede Hortifruti e Natural da Terra. A informação é do Valor Econômico.

De acordo com o periódico, na última segunda-feira (15) a varejista informou que deu início ao processo para procurar interessados em comprar o Grupo Uni.co, dono das marcas Imaginarium, Puket MindD e Lovebrands. O Citi vai assessorar o negócio.

Também traz que a venda de ativos está prevista no plano de recuperação judicial da companhia, entregue em março.

E acrescenta que o entendimento na Faria Lima é que a venda da rede Hortifruti e do Grupo Uni.co não deve equacionar a crise na companhia. Contudo, a decisão de oficializar os desinvestimentos sinaliza ao mercado que o grupo está engajado em encontrar uma solução para a crise financeira e de imagem.

Gráfico mostra a ação AMER3 na Bolsa.

Americanas (AMER3): o caso

Vale lembrar que o “carma” vivido pela Americanas teve início em 8 de janeiro de 2023 quando o ex-CEO Sergio Rial, com dez dias de casa, trouxe à luz a informação de uma inconsistência contábil da ordem de R$ 20 bilhões.

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Na sequência, ele deixou a companhia, cujos acionistas de referência são, Jorge Paulo Lemann, Marcel Teles e Beto Sicupira, sendo que o primeiro é o homem mais rico do Brasil, e os demais também estão entre os mais poderosos do país.

Menos de duas semanas após a notícia ser divulgada, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial tanto no Brasil quanto nos EUA. Isso porque, como a empresa já previa, seus principais credores, que são bancos, entraram com uma enxurrada de recursos para, assim, tentar assegurar os pagamentos.

O pedido de recuperação judicial foi aceito pela Justiça do Brasil e do EUA. Assim que o Tribunal delegou um administrador judicial, chegou a informação, agora oficial, de que as dívidas da empresa ultrapassavam os R$ 40 bilhões.

Negociações

Um dos movimentos corporativos que visa o ajuste nas contas é a venda de ativos. Por isso a Americanas tenta encontrar compradores para alguma de suas empresas ou marcas.

Parte dos recursos captados será para quitar débitos com os bancos, mas não só isso, pois a empresa firmou um acerto com sindicatos trabalhistas para dar preferência aos funcionários desligados. O objetivo principal é o não desligamento, mas isso, nesse quadro, é pouco provável.

Há, ainda, uma negociação frequente com representantes dos bancos acerca do aporte por parte dos acionistas de referência. Eles ofereceram menos de R$ 10 bilhões, mas as instituições financeiras querem que os empresários coloquem, o mínimo, R$ 15 bilhões.

Bolsa

Por volta das 17h a ação AMER3 recuava subia 5,66%, cotada em R$ 1,12.