O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) incluiu mais um episódio no caso Americanas (AMER3). Um prazo de cinco dias foi dado para que membros atuais e antigos do conselho de administração da companhia se posicionem sobre dados contábeis da companhia. O prazo foi dado pela 2ª Vara Empresarial de Conflitos de Arbitragem do Tribunal. A decisão é do juiz Guilherme de Paula Nascente Nunes, da 2ª Vara Empresarial de Conflitos de Arbitragem do Tribunal.
Mais cedo o Itaú-Unibanco (ITUB4) ingressou com ação pedindo uma antecipação de provas. A ideia, de acordo com o Valor Econômico, é evitar uma eventual tentativa de suposta ocultação ou destruição de documentos contábeis que possam demonstrar falhas na contabilidade da empresa.
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Dessa forma, o juiz pediu que foram apresentados dados contábeis como demonstrações financeiras das empresas do grupo, os balanços, balancetes, livros fiscais e relatórios de auditoria dos últimos cinco anos. A decisão inclui também a troca de e-mails nos últimos anos entre Miguel Gutierrez e Fábio Abrate, respectivamente ex-CEO e ex-diretor Financeiro.
Americanas (AMER3): varejista diz ter dívida de R$ 35,6 bi com bancos e investidores
A rede varejista também confirmou ter dívidas de R$ 35,6 bilhões junto a bancos e relativas à emissão de debêntures e de bonds internacionais. Porém, esse valor já teria sido contestado pelo banco BV. Já com relação à empresa de auditoria PwC, a Americanas (AMER3) possui um passivo de R$ 210 mil.
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Outra dívida reconhecida é com a Ame Digital, uma fintech do próprio grupo e que constam da lista de credores da empresa. Para a fintech, o montate devido chega a R$ 974,8 milhões, sendo superior a alguns bancos com o Daycoval – com o qual a Americanas possui pendências de R$ 509 milhões – e com a Caixa Econômica Federal, a quem deve R$ 501 milhões.
Patrimônio de sócios pode estar em jogo
Diante de tantas dívidas vultuosas, o patrimônio dos empresários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles pode estar em jogo. Informações do jornal O Globo dão conta de que bancos credores possam ir atrás deles caso a companhia não tenha condições de arcar com as dívidas que possui. A ideia é que o patrimônio dos sócios de referência seja disponibilizado para saldar essas dívidas, caso a Americanas (AMER3) não consiga saldá-las.
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