O CFO da Petrobras (PETR3; PETR4), Sérgio Leite, disse que a ação da Vibra (VBBR3), acima de R$ 1, “está cara”. A fala foi proferida em uma reunião online na quinta-feira (10). Na ocasião, o diretor financeiro disse que a estatal não tem interesse em recomprar o controle da companhia, pois seu “fundamento é ruim”.
“A ação está a quanto hoje, R$ 8? Então acima de R$ 1 está cara” disse Leite. A ação da Vibra é negociada ao redor de R$ 16,60 nesta sexta-feira (11). O valor de mercado da companhia é de R$ 19 bilhões na bolsa de valores brasileira, a B3 ($B3SA3).
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A antiga BR Distribuidora era subsidiária da Petrobras, que vendeu sua participação de 37,5% na companhia a R$ 26 por ação da Vibra. A operação levantou R$ 11,4 bilhões.
Recentemente, o presidente Lula manifestou o desejo de desfazer a privatização da Vibra, concluída em 2021, em uma das maiores ofertas de ações do ano. Leite, por outro lado, reforçou, durante a reunião, que a Petrobras não tem interesse na Vibra.
O poison pill da empresa – plano de direitos dos acionistas, um instrumento jurídico que protege minoritários – obriga qualquer investidor que comprar mais de 25% do capital a pagar um prêmio de 15% sobre o maior valor da ação nos 18 meses anteriores. Este valor, atualmente, é de cerca de R$ 30 por papel.
Não só Vibra: Braskem também é pauta
O diretor financeiro da Petrobras reiterou que não há planos de estatizar a Braskem (BRKM5), em evento com analistas. A alta administração da estatal sinalizou que faria sentido para a petroquímica ter um “parceiro estratégico”.
Após a fala do diretor, as ações preferenciais da Braskem chegaram a subir até 9,8%. Os papéis encerraram a sessão em alta de 6,84%, a R$ 24,99.
Segundo o jornal Valor Econômico, em uma ligação privada com analistas na quinta-feira (10), Leite disse que a Petrobras considera a Braskem um negócio estratégico, já que a transição para a energia verde pode tornar a gasolina menos lucrativa. Atualmente, a estatal é a segunda maior acionista da Braskem.
