O Ibovespa opera em queda de 0,12%, aos 116.043 pontos nesta segunda-feira (18).
A agenda da semana de 18 a 22 de abril está fraca de indicadores, com destaque, no Brasil, para o IGP-10, da FGV.
O índice subiu 2,48% em abril, bem acima da projeção de 1,2%. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 1,18%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 7,63% no ano e de 15,65% em 12 meses. Em abril de 2021, o resultado foi de 1,58% no mês e 31,74% em 12 meses.
O IPC-S, também da FGV, subiu 1,84% na segunda leitura de abril e acumula alta de 11,45% nos últimos 12 meses.
Há mais um feriado, na quinta-feira (21), dia de Tiradentes, com bolsa de valores fechada.
O mercado acompanha atentamente o Banco Central, depois de o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, afirmar que ficou surpreso com o último IPCA e que pode rever a taxa final da Selic, atualmente estimada pelo BC em 12,75% ao ano – o mercado já vê a taxa básica de juros acima de 13%.
Paralelamente, repercute a decisão do governo de dar reajuste de 5% ao funcionalismo público, que liga o alerta fiscal em ano eleitoral.
Hoje, o Ministério da Economia detalhou o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) de 2023, com déficit previsto de R$ 65,9 bilhões – superávit só deve vir em 2025.
Ontem, o governo decretou o fim da emergência sanitária nacional quanto à Covid-19.
Quanto ao fluxo estrangeiro na B3, está negativo em R$ 1,43 bilhão em abril, o que acende o alerta de que o capital pode estar migrando – para a renda fixa ou de volta aos EUA, onde os juros começam a subir.
Mercados do exterior
A semana começa com uma série de indicadores chineses. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês do primeiro trimestre cresceu 4,8% na comparação anual e superou a previsão de 4,6%. No entanto, segue abaixo da meta oficial para o ano, que é de 5,5%.
As vendas no varejo caíram 3,5% em março, pior que a projeção de 2%. E a produção industrial avançou 5% em março, na base anualizada, em linha com o esperado pelo mercado. Os dados ainda não capturaram totalmente as novas paralisações por conta da política de Covid zero do país, que impôs novos lockdowns.
Nos EUA, a agenda da semana também é fraca, com destaque para o Livro Bege, com balanço de atividade nos EUA. E para os discursos dos “Fed boys”, que devem confirmar as expectativas para alta de 0,5 ponto porcentual nos juros no dia 4 de maio.
Nesta segunda-feira (18), o presidente do Federal Reserve (Fed) em Saint Louis, James Bullard, disse que vê a inflação ainda muito elevada no mercado norte-americano. E por isso considera que a autoridade monetária do país pode promover uma alta de 0,75 ponto na taxa de juros norte-americana.
Ele afirmou que não quer provocar ansiedade no mercado, mas enfatizou a necessidade de acelerar o aperto monetário.
O conflito no leste europeu também segue no radar do investidor. Na semana passada, em negociações intermináveis e inconclusivas, Finlândia e Suécia colocaram na mesa a possibilidade de aderir à OTAN. Vladimir Putin, presidente da Rússia, não gostou da ideia e ameaça militarmente esses países.
Mercados de Nova York
- Dow Jones: -0,37%
- S&P: -0,36%
- Nasdaq: -0,61%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: Fechado por feriado
- FTSE, Reino Unido: Fechado por feriado
- CAC, França: Fechado por feriado
- FTSE MIB, Itália: Fechado por feriado
- Stoxx 600: Fechado por feriado
Mercados Ásia
- Nikkei, Japão: -1,08%
- Xangai, China: -0,69%
- HSI, Hong Kong: +0,67%
- ASX 200, Austrália: +0,59%
- Kospi, Coreia: -0,11%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): US$ 111,25 (-0,40%)
- WTI (novembro 2021): US$ 105,89 (-0,46%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 1.997,90 (+1,16%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 144,80 (+0,88%)