Vários nomes estão sendo ventilados para presidência e para o CA (Conselho de Administração) da Petrobras (PETR3; PETR4). Isso ocorre porque Adriano Pires e Rodolfo Landim desistiriam de ocupar os cargos de CEO e de presidente do Conselho da estatal, respectivamente.
As desistências de Adriano Pires e Landim, depois de serem indicados a cargos de liderança da Petrobras (PETR3; PETR4), pressionam o governo. Isto porque o presidente precisa indicar dois nomes para os postos em aberto até 13 de abril, data da assembleia.
No entanto, as investidas do governo Bolsonaro esbarram nas dificuldades de encontrar estes dois nomes em tão pouco tempo.
Como o governo está lutando contra o tempo, líderes e investidores aconselham uma via mais segura, neste momento. A estratégia seria a manutenção do atual CEO da estatal, Joaquim Silva e Luna, por mais 40 dias. Com isso, teria o tempo necessário para a convocação de uma nova assembleia. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no entanto, afirmou que não irá atrasar a votação.
Vários nomes estão sendo cogitados com as desistências de Pires e Landim. Conquanto, que não falta são apostas para os novos nomes que ocuparão o comando da empresa. Apesar dos nomes que estão no radar para assumir a presidência e o conselho da Petrobras, não há ainda uma definição objetiva.
Quem assumirá o comando da Petrobras? Veja os nomes!
- Caio Mário Paes de Andrade
É secretário especial de secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. Apesar de seu nome ter ganhado força, enfrenta resistência política e do setor de óleo e gás. Além destas resistências, há uma ação judicial que pode facilmente prejudicá-lo.
- Márcio Weber e Vasco Dias
É ex-diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e atual diretor-presidente da Enauta (ENAT3). É também ex-presidente da Shell Brasil.
No entanto, tem conexão com a Cosan (CSAN3), de Rubens Ometto, onde é membro do conselho de administração. Fator que o assemelha a Adriano Pires, o mesmo que desistiu da indicação a CEO da estatal, após seu nome não ter passado no teste de governança da empresa. Além disso, Márcio foi diretor executivo da CSN (CSNA3) e presidente da Raízen (RAIZ4).
Outros possíveis nomes
Afora estes nomes, circulam nomes como o do ex-secretário executivo do Ministério de Minas e Energia Márcio Felix – hoje na EnP Energy. Também os dos ex-conselheiros Cynthia Silveira e Omar Carneiro da Cunha. Silveira preside a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), e Cunha já trabalhou na Shell.
Outro nome citado nos bastidores foi de Decio Oddone. Todavia, não ele demonstrou interesse.
O nome de Caio Andrade é bem visto no Palácio do Planalto, mas enfrenta a oposição do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que critica o fato de ele não ter experiência no setor.
Além desse empecilho, Andrade é acusado pela empresa Conclusiva Consultoria de ter usado os sistemas do Ministério da Economia para investigar a situação fiscal da companhia.
Mulher no Conselho
Os nomes que ganham força para presidir o Conselho são de mulheres: Clarissa Lins e Sonia Villalobos. A primeira é ex-presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo; a última, a atual conselheira da Petrobras.