O IRB-Brasil (IRBR3) comunicou na noite de ontem (22) atualização acerca da ação civil pública instaurada contra a empresa por seus investidores, que buscam ressarcimento devido aos problemas recentes envolvendo a companhia.
Segundo o comunicado, houve decisão a favor da companhia referente às informações apresentadas pelo IRB nos autos da ação civil pública.
Desse modo, a justiça entendeu que a companhia comprovou “sua capacidade econômica para fazer frente a eventuais indenizações concedidas a acionistas”, e, assim, afastou a necessidade de oferecimento de garantia no valor de R$ 1 bilhão.
Além disso, o relator do processo considerou que decisão tornou superada a questão relativa à garantia do juízo, pois restou “expressamente consignado que as informações apresentadas pela reasseguradora sobre sua liquidez eram suficientes”.
A decisão foi deliberada em 19 de julho de 2020 na 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Há pouco mais de um mês, a justiça havia solicitado que o IRB comprovasse possuir meios, estimados em R$ 1 bilhão, para ressarcir possíveis prejuízos de investidores.
Desse modo, a justiça de São Paulo havia deferido o pedido do Instituto Ibero-Americano da Empresa, que questionava uma possível manipulação do mercado em relação às ações da resseguradora.
De acordo com a juíza do caso, à época, as perdas estimadas dos acionistas eram de aproximadamente R$ 4 bilhões, quando a ação do IRB passaram de R$ 44,17 para R$ 28.
Entenda o caso
O imbróglio envolvendo o IRB teve início em fevereiro quando a gestora Squadra denunciou manipulação contábil em seus balanços.
Depois disso, quase toda cúpula deixou o cargo e teve início uma auditoria interna que apontar as irregularidades.
No final de junho, a empresa divulgou seu balanço relativo ao primeiro trimestre mostrando uma queda de 92% no lucro líquido, que somou R$ 13,8 milhões.
Em teleconferência, o presidente interino da companhia Antônio Cássio dos Santos, afirmou que existiam sinistros que não estavam lançados nos registros da empresa.
O diretor vice-presidente executivo de riscos e conformidade, Wilson Toneto, afirmou que a empresa está trabalhando para solucionar a insuficiência de liquidez regulatória constatada no trimestre.
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