Análise publicada nesta quinta-feira (22) pelo BTG (BPAC11) diz que a Oi (OIBR3) tem grande upside no momento, mesmo sob premissas conservadoras.
Ao revisar as estimativas para a empresa de telefonia móvel, o BTG diz que decidiu olhar para a avaliação da Oi em cenários de baixa, base e alta.
“Mesmo sob suposições muito conservadoras, vemos um lado positivo considerável”, afirmam os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi.
Avaliações da Oi
A avaliação implícita na oferta do BTG Pactual pela InfraCo é que a oferta é muito atraente: 9,1x 2022E EV/EBITDA (assumindo R$ 2,2 bilhões de EBITDA 2022E). As transações recentes de fibra implicaram em avaliações de 16x.
“Se assumirmos um múltiplo EV/EBITDA de 12x como justo, a participação acionária da Oi na InfraCo vale R$ 12,1 bilhões, cerca de 30% a mais que o preço mínimo oferecido”, diz o BTG.
A ClientCo, segundo o BTG, também é uma grande parte do valor geral da Oi e “assumimos que vale 4 a 6x EV/EBITDA 2022E, ou R$ 6-9 bilhões, com R$ 7,5 bilhões (5x EV/EBITDA) na nossa estimativa base”, afirmam os analistas.
O valor justo do passivo da Globenet é avaliado em R$ 3,0 bilhões.
A Oi encerrou 2020 com dívida líquida de R$ 21,8 bilhões. Em 2021, deve receber R$ 28,5 bilhões de vendas de ativos e outras entradas de caixa, que usará para aposentar uma grande parte de sua dívida a pagar.
“Após todas as vendas de ativos, estimamos que a Oi encerra 2021 com caixa pró-forma de R$ 3,4 bilhões. Incluindo o VPL da dívida da Anatel (R $ 1,7 bilhão), o caixa cai para R$ 1,7 bilhão”, pontua o BTG.
Vantagem mesmo em cenário de bear market
Mesmo usando premissas de baixa (InfraCo 9x; ClientCo 4x), o BTG vê 44% de alta para a Oi (R$ 2,40).
Na estimativa base (InfraCo 12x; ClientCo 5x), o upside é de 86% (R$ 3,10).
Com premissas mais otimistas, o estoque pode mais do que dobrar (R$ 3,80), diz o BTG.
Assim, o BTG mantém a recomendação de compra para a Oi até R$ 3,10.






