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B3 anuncia migração para nuvem em acordo com Microsoft e Oracle

B3 anuncia migração para nuvem em acordo com Microsoft e Oracle

A B3, bolsa de valores oficial do Brasil, anunciou na última terça-feira (10) que dará início à migração de suas plataformas e sistemas para a nuvem. Para isso, firmou um acordo de dez anos com a Microsoft e a Oracle, que já eram parceiras da operadora e têm investido significativamente no desenvolvimento de soluções inovadoras para este modelo de armazenamento.

O projeto da B3 segue a tendência de outras bolsas pelo mundo, como é o caso da Nasdaq, que, no último mês de dezembro, anunciou um acordo com Amazon Web Services (AWS) para, a partir deste ano, dar início à migração de seus sistemas para a computação em nuvem. O objetivo da operadora é o de reduzir o custo de armazenamento dos dados financeiros dos clientes.

Segundo Rodrigo Nardoni, vice-presidente de tecnologia e segurança da informação da B3, os cinco primeiros anos do contrato serão dedicados a realizar a migração dos sistemas que têm mais familiaridade com a nuvem, “aqueles com os quais se podem colher mais rapidamente os benefícios da mudança”, afirma. A proposta para a segunda fase do contrato é que sejam desenvolvidas tecnologias que possam auxiliar na migração dos demais sistemas, como o de negociação de ações.

B3 ouviu especialistas

Um levantamento de empresas de tecnologia que têm compatibilidade e afinidade com o modelo de armazenamento em nuvem, realizado em 2019 pela Accenture, recomendou à B3 que buscasse parceiros especializados para participar da transição dos sistemas da operadora para o cloud computing.

Assim, há, aproximadamente, um ano e três meses, a bolsa brasileira deu início às conversas e à seleção de parceiros da área de tecnologia que pudessem levar seus sistemas à nuvem.

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Partiu da Microsoft e da Oracle a proposta de unificar as forças neste projeto. As duas empresas já haviam desenhado uma abordagem conjunta nestes moldes no exterior e também no Brasil, com um acordo de tecnologia em nuvem firmado com a TIM em março de 2021.

Cada uma das empresas possui, no Brasil, duas áreas com um ou mais centros de dados onde ficam a infraestrutura de comunicação e os servidores de suporte à nuvem. Uma vez que a legislação exige que as informações e os dados dos clientes da operadora de finanças sejam armazenados em território nacional, é de extrema importância, no caso da B3, que a Microsoft e a Oracle tenham estruturas alocadas no Brasil.

Ambas as empresas contam com instalações munidas de recursos de interoperabilidade, viabilizando a troca de informações entre os centros de dados em menor tempo. Ainda não é certo, no entanto, o que será feito dos centros de dados de que a B3 dispõe (dois próprios e um alugado). Segundo Nardoni, a operadora ainda não planeja se desfazer das instalações: “A destinação será desenhada ao longo do tempo”, completa.

Microsoft e Oracle prometem inovações

Para Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, o objetivo do acordo com a B3 é trazer ao mercado brasileiro “inovações que não existem atualmente” e “visa uma transformação do negócio”. A executiva diz, ainda, que, “além de migrar os sistemas legados, a B3 passa a atuar sob o conceito ‘cloud first’, com ênfase na nuvem, o que abre oportunidades de cocriação de tecnologia com recursos como inteligência artificial”.

Rodrigo Galvão, vice-presidente sênior de tecnologia da Oracle na América Latina, afirma que a implantação da abordagem multicloud, que agrega a tecnologia desenvolvida por diversos fornecedores, possibilitará a criação de uma cultura diversificada e a atração de mais talentos. Para ele, este será um marco inovador.

Também de acordo com Galvão, a adoção do modelo de armazenamento em nuvem é importante para os temas que são cada vez mais valorizados pelas empresas, como é o caso da sustentabilidade. A Oracle tem a meta de que 100% da energia em seus centros de dados seja renovável até 2025; 88% deste objetivo já foram alcançados no Brasil.

As três empresas terão seus times de engenharia trabalhando em conjunto para desenvolver as ferramentas que viabilizarão a migração dos sistemas. Para tal, também farão parte da aliança o treinamento e a certificação dos profissionais das diversas áreas que estarão envolvidos no projeto.

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