Em meio à turbulência mundial causada pela pandemia do coronavírus, ver a bolsa parar algumas vezes na semana devido a circuit breakers está virando parte do cotidiano.
No entanto, é de se esperar que os efeitos desta crise seja mais grave para alguns setores da economia e mais suave para outros.
Ontem falamos sobre as ações que mais devem sofrer com a crise devido a impactos operacionais.
Agora veja alguns dos setores que prometem ser mais resilientes:
Energia elétrica sempre é defensivo
O setor elétrico é conhecido por ser um setor defensivo na bolsa de valores. Isso ocorre porque as companhias sofrem oscilações de demanda muito baixas.
No caso das distribuidoras, existe um consumo mínimo de energia elétrica que é difícil de ser alterado de forma substancial.
Já no caso das geradoras e transmissoras, contratos de longo prazo garantem receitas muito estáveis. Ou seja, seus ganhos independem da energia que vai de fato ser demandada.
Em relatório divulgado nesta semana, a XP investimento destacou como resistentes as ações da Engie (EGIE3), da Transmissão Paulista (TRPL4) e da Taesa (TAEE11).
Saneamento segue mesma linha
O setor de saneamento obedece ao mesmo raciocínio do setor elétrico. Por se tratar de um serviço básico, ele também é pouco relacionado com a volatilidade causada por crises de consumo.
“O setor de saneamento também não deve sofrer praticamente nenhum impacto, uma vez que suas empresas fornecem um serviço essencial”, declarou a XP em relatório.
Neste setor, os analistas citaram a Sanepar (SAPR11) e a Copasa (CSMG3) como bons exemplos.
Tanto no caso da energia quanto do saneamento, as empresas praticamente não têm correlação com o dólar. Isso vale para as receitas e para os custos.
Este fator também deve ajudar a proteger os dois setores da crise atual.