Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Vale (VALE3) está subvalorizada “em todas as métricas”, segundo o BTG

Vale (VALE3) está subvalorizada “em todas as métricas”, segundo o BTG

Vale (VALE3) está subvalorizada “em todas as métricas”, segundo o BTG Pactual, em relatório em torno de políticas de governança

A Vale (VALE3) recebeu mais uma avaliação de compra do BTG Pactual (BPAC11), em relatório sobre ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês).

A companhia organizou um segundo seminário em dois meses sobre o tema, o que, segundo o banco, mostra o “engajamento e o comprometimento da administração com este tema”.

A Vale forneceu muitos detalhes e exemplos de sua busca “incessante por segurança, esforços contínuos de reparação e transformação cultural”.

“Louvamos a humildade da Vale em aprender com os erros anteriores e remodelar a empresa para o futuro”, ressalta o BTG.

O relatório admite que a mudança ainda pode levar algum tempo, mas os esforços são aplaudidos.

Publicidade
Publicidade

“Continuamos a ver o desconto de 35-40% da Vale para os pares australianos como injustificado e esperamos que a diferença diminua”, diz o relatório.

E segue: “independentemente da chamada de avaliação relativa, a ação parece subvalorizada em todas as métricas que olhamos – DCF, múltiplos, devoluções em dinheiro, ROEs”.

“Compre”: recomenda o BTG.

Vale procura a reparação

No seminário, a Vale falou sobre a criação de seu “escritório de reparação e desenvolvimento”, com relação a Brumadinho.

Ele se reporta diretamente à gestão de nível C, “para garantir o foco e agilidade no processo de reparação”.

Em Brumadinho, onde ficava a barragem da mina Córrego do Feijão, se rompeu em 25 de janeiro de 2019.

A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco, deixando pelo menos 270 mortos.

A barragem havia encerrado as atividades há três anos e mesmo assim causou a tragédia.

Este escritório tem trabalhado em três tópicos principais, segundo o BTG relata.

Um deles é a retomada dos esforços de resgate, após protocolos de pandemia. Onze vítimas ainda estão desaparecidas.

Outro é reparar o meio ambiente, com recuperação ambiental integral prevista para 2025.

É uma iniciativa que envolve a retirada de um total de 9,7 milhões de metros cúbicos até 2023. Só 1,6 milhão m3 já foram retirados.

Além disso, prevê a limpeza do rio Paraopeba.

Por fim, o apoio à comunidade.

Há investimento em infraestrutura urbana, como creches e centros de saúde.

O projeto de reparação total está previsto para 2025.

Mudança de cultura

Mas tudo isso não é suficiente.

Para o BTG, o mais importante é a mudança cultural dentro da empresa, voltando-se para a segurança.

“Ouvimos a gerência mencionar várias vezes nos últimos anos que eles estão realmente comprometidos em mudar a mentalidade do pessoal para ‘segurança em primeiro lugar'”, conta o relatório.

A Vale identificou duas formas de pensar dos funcionários: entregar agora, não importa como e competência infalível.

Isso poderia ter “contribuído para o que eles chamam de ‘falta de humildade’ entre seus funcionários”.

A Vale acredita que a mudança passa por todos: “aprender juntos”.

“Redefinição de aspirações e comportamentos-chave, liderança como modelo, agenda de diversidade e inclusão”, entre outros temas tratados no seminário.

“Vemos uma mudança importante em andamento: antes do acidente, percebíamos a Vale como uma empresa obcecada por desempenho operacional”, lembra o BTG.

“Agora, a segurança parece ter de fato se tornado uma prioridade número 1 (números de produção mais baixos em 2020 são um exemplo claro disso)”, analisa.

“Compre Vale”, diz o BTG

O banco reforça a recomendação, mais uma vez, dentro do relatório: “compre”.

“Embora as ações da Vale sejam inegavelmente baratas sob qualquer métrica, acreditamos que a redução do risco do patrimônio será um processo gradual”, diz.

Há três pilares onde o BTG se baseia.

Um deles é o retorno de caixa: “eles estão aqui!”, empolga-se, inclusive com ponto de exclamação no relatório.

Uma forte recuperação dos volumes e redução dos custos futuros.

E, por fim, uma percepção ASG que melhora marginalmente, a longo prazo.