O Twitter (TWTR34) anunciou nesta quinta-feira (28) um lucro líquido de US$ 513 milhões no primeiro trimestre de 2022, em seu primeiro balanço após a compra da empresa pelo bilionário Elon Musk.
O valor, contudo, foi turbinado pela venda da MoPub, uma desenvolvera de softwares e aplicativos, adquirida pela AppLovin. A negociação foi avaliada em pouco mais de US$ 1 bilhão e registrada em fevereiro.
Se considerada apenas a operação, a companhia teve prejuízo de US$ 128 milhões: foram US$ 1,2 bilhão em receitas, aumento de 16% em relação ao primeiro trimestre de 2021, sendo: US$ 1,11 bilhão em anúncios e US$ 94 milhões em assinaturas e outras arrecadações, e US$ 1,33 bilhão em despesas, aumento de 35% para o mesmo período do ano passado.
O Twitter anunciou ainda que, por causa da negociação com Elon Musk para a venda e o fechamento do capital, retirou suas metas para os próximos trimestres. Além disso, a empresa soltou apenas um release com as informações, enfatizando que não iria realizar entrevista coletiva para comentar os resultados.
No pré-mercado desta quinta-feira da Nasdaq, as ações tiveram leve alta, sendo negociadas em torno de US$ 49. Os BDRs do Twitter (TWTR34) na B3 mostraram recuperação, abrindo em alta de 2,83%, a R$ 122,46 às 10h15.
Saiba mais sobre o Twitter (TWTR34)
O Twitter (TWTR34) é uma rede social criada em San Francisco, na Califórnia. Surgiu em março de 2006, tendo como intenção ser uma espécie de hub de transmissão gratuita e rápida de informações instantâneas.
O número de 140 caracteres foi escolhido inicialmente porque era o menor limite de envio de SMS oferecido por operadoras de telefonia nos EUA – a ideia é que a pessoa pudesse tuitar mesmo que não tivesse uma conexão à internet.
A rede chegou ao Brasil em 2008 e quatro anos depois passou a oferecer seus serviços em português. Em 2013, abriu seu capital na Nasdaq, a bolsa norte-americana que negocia empresas de tecnologia. Nesse período, já havia se tornado um sucesso de crítica, pois passou a ser usado por líderes políticos de todo o mundo.
Embora o Twitter esteja longe de ter o número de usuários ativos de concorrentes como o Facebook, o Instagram ou plataformas de vídeo como o YouTube e o TikTok, é esse uso por “influenciadores” uma das razões do valor atribuído à empresa: ela é vista como uma referência, onde nascem e se projetam as principais discussões no ambiente digital.
De acordo com estudos do instituto We Are Social, o Twitter tem hoje 396 milhões de usuários ativos, ou seja, contas com movimentação constante. O Facebook lidera essa lista, com mais de 2,4 bilhões, ou cerca de 30% da população do planeta e mais de seis vezes a base do concorrente.
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