O $PIBB11, o primeiro ETF brasileiro, completou 20 anos. O fundo da Itaú Asset possibilita investir nas 50 companhias brasileiras mais negociadas na bolsa. Desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em colaboração com a Bovespa (agora B3) e os bancos Itaú, Goldman Sachs e JP Morgan, o produto tem como meta espelhar a performance do IBrX-50 (Índice Brasil-50).
Para quem está habituado a adquirir ETFs em plataformas digitais com apenas alguns cliques, a história do pioneiro fundo negociado em bolsa, que segue um índice de mercado, é intrigante.
História do PIBB11
No ano de 2004, o Brasil estava sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), detendo participações em empresas estatais e outras, buscava ampliar o acesso ao mercado de capitais. O propósito do lançamento era estimular a inclusão de investidores individuais no mercado de ações. Assim, o BNDES realizou uma oferta pública de parte de sua carteira de ações.
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Com o intuito de incentivar os investidores a adquirirem o PIBB11, o BNDES oferecia a garantia de recompra do produto um ano após a aquisição. Isso significava que o capital inicial investido estaria resguardado mesmo em caso de desvalorização das ações durante esse período. Em um cenário otimista, caso os valores das ações se valorizassem, os investidores individuais lucrariam. Essa iniciativa marcou a primeira vez que um benefício assim era oferecido no mercado brasileiro.
Para iniciar o investimento, era preciso solicitar reserva através da corretora ou do banco. A oferta priorizava o atendimento aos pequenos investidores. Além disso, a taxa de administração era (e continua sendo) muito baixa, de apenas 0,06%, significativamente inferior à taxa tradicional de administração de 2% mais 20% de performance cobrada pelos fundos de ações.
Na primeira oferta, realizada em 2004, foram captados R$ 600 milhões, atraindo 25 mil cotistas. Na segunda oferta, um ano depois, o montante alcançou R$ 2,3 bilhões, com a participação de mais de 121 mil investidores.
Sobre o PIBB11
Esse produto foi o ponto de partida para o desenvolvimento do mercado de ETFs no Brasil. O PIBB11 possui um patrimônio líquido de R$ 1,4 bilhão e conta com 11 mil cotistas. Desde seu lançamento, o PIBB11 obteve um rendimento de 711%, superando os 676% do IBrX-50 e os 628% do CDI. O retorno superior ao índice de referência é principalmente proveniente das posições alugadas das ações, que geram renda para o próprio fundo.
Atualmente, a bolsa conta com 96 ETFs listados, dos quais 85 são de renda variável (incluindo criptomoedas) e 11 são de renda fixa. Esses ETFs atraíram 525 mil investidores pessoas físicas e 2,4 mil investidores institucionais.
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