Investir em um CDB com cobertura FGC deve fazer parte do planejamento inteligente de um investidor.
Ao observar o noticiário recente, sobre quebra de financeiras, como BRK e Portocred, é mais do que nunca relevante observar os limites de pagamento do FGC, pois há limite para o ressarcimento em caso de quebra da instituição financeira emissora.
O artigo abaixo elenca melhor como o dinheiro deve ser distribuído de forma a garantir a máxima reposição do capital.
Aproveite o texto e faça uma boa leitura!
O que é um Certificado de Depósito Bancário?
Mais conhecido como CDB, o certificado de depósito bancário é um título emitido por instituições financeiras que prevê o retorno do dinheiro investido mais o pagamento de juros pelo período de espera.
Trata-se de um papel lançado sobretudo por bancos e é uma das formas usadas para captar dinheiro no mercado para custear operações de empréstimos para os clientes dessas mesmas instituições.
Quando isso ocorre, se dá o que chamamos de spread bancário. Essa é uma das principais formas de rentabilização do capital de uma instituição financeira.
Acontece que em toda operação de crédito existe um risco associado. No caso de um CDB, pode ser que o banco emissor passe por dificuldades financeiras e quebre.
Se isso acontecer, os investidores não terão como receber o dinheiro que emprestaram, já que a instituição declarou falência.
Esse é um risco que poderia afastar potenciais investidores e fazer diminuir um grande mercado no Brasil. No entanto, como forma de evitar que isso aconteça foi criada uma forma de dar garantia aos investidores.
Estamos falando do FGC, o Fundo Garantidor de Crédito.
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O que é o Fundo Garantidor de Crédito?
O FGC é uma instituição sem fins lucrativos cujo maior propósito é proteger as aplicações financeiras de investidores desde que sejam feitas em alguns instrumentos que gozam dessa proteção.
Ou seja, não são todas as aplicações do mercado brasileiro que contam com essa garantia. No entanto, o CDB está entre a lista dos investimentos privilegiados.
Dessa forma, caso haja quebra de um banco, algumas aplicações podem ser ressarcidas via FGC. A poupança também é um dos investimentos que está nessa lista.
De qualquer forma, a instituição dá mais solidez ao mercado de crédito do país, pois qualquer investidor se sente mais seguro em fazer aplicações financeiras em instrumentos que são protegidos pelo FGC.
Como funciona o FGC?
O FGC é formado pelas próprias instituições a qual ele garante a aplicação em seus títulos. Cada uma delas participa do fundo de maneira compulsório por meio das regras do Banco Central.
Ainda por meio dessas normativas, cada instituição deve depositar no fundo um percentual equivalente à 0,0125% de todos os depósitos elegíveis em um dado mês.
Todas as instituições que atuam no mercado com captação de recursos por meio da emissão de títulos ou letras hipotecárias, que fazem transações com letras de câmbio ou recebimento de depósitos à vista deve fazer parte do fundo.
Assim, constam como participantes a maioria dos bancos do mercado, sociedades de crédito e empresas financeiras.
Já para o investidor, o funcionamento do FGC se dá na forma de restituição do capital aplicado em caso de falência da instituição que seu dinheiro estava aplicado, com a ressalva de precisar estar em algum título coberto pelo fundo.
No entanto, há limites: um único investidor tem um teto de cobertura de R$ 250 mil em cada instituição que tem aplicações.
Somando todos os bancos em que há dinheiro aplicado, a cobertura também alcança um teto: R$ 1 milhão.
De que forma o investidor deve distribuir seu patrimônio em CDB para ter a máxima cobertura do FGC?
Devido às limitações impostas no mecanismo de ressarcimento do FGC, o investidor precisa de planejamento no momento de alocar os seus recursos nas instituições financeiras.
Caso sua decisão fosse aplicar apenas em CDB, é preciso fazer uma distribuição considerando a capacidade de recuperação do capital via FGC.
Assim, jamais um recurso que ultrapasse R$ 250 mil deve ser alocado em um único CDB de uma única instituição. E nem o montante que passa desse valor deve ficar aplicado no mesmo banco.
A razão disso é que o FGC só cobre R$ 250 mil por CPF e por instituição.
Qual seria a saída então? Para quem tem valores maiores do que R$ 250 mil, é preciso buscar CDBs de outros bancos. Ou seja, de outros emissores.
Considerando a situação ideal de alguém que possui R$ 1 milhão, fica fácil perceber que o capital deve ser pulverizado em aplicações menores. No entanto, nenhuma delas deve ser maior que R$ 250 mil.
Assim, o investidor deve ter pelo menos 4 CDBs de 4 bancos diferentes. Se quiser pulverizar ainda mais o risco, pode ter 10 CDBs de 10 instituições diferentes, e assim por diante.
Pode ser que seja muito trabalhoso achar todos esses títulos e fazer as alocações nos CDBs, no entanto estamos falando de um capital considerável e o trabalho vale a pena.
Ainda assim, vale lembrar que é sempre possível contar com a ajuda de um assessor de investimentos. Ele é o profissional mais preparado para fazer essa busca e encontrar os títulos ideias para cada investidor.
Caso haja mais dinheiro para investir, daí não tem jeito. É preciso ficar à mercê do risco de mercado, pois o FGC já não cobrirá mais o valor excedente.
No entanto, existem muitas outras aplicações fortes e com um nível de segurança muito alto. Os títulos públicos federais são um exemplo na renda fixa, e na renda variável existem as ações de grande empresas de capital aberto.
Como o investidor receberia seus recursos caso precisasse acionar o FGC?
O processo de pagamento segue um procedimento pré-definido e ele começa assim que uma instituição decreta falência.
Nesse momento, é nomeado um interventor, além de uma instituição pagadora. O interventor indica uma lista com o nome dos recebedores e os documentos que devem ser apresentados.
Até hoje o FGC cobriu a quebra de mais de 30 instituições. Em média, o prazo para pagamento foi de 2 meses, mas já houve casos de 4 anos de espera.
Buscar um CDB com cobertura FGC é essencial para garantir a integridade do patrimônio. Ainda que haja demora no recebimento, ele costuma acontecer. Até hoje não houve problemas. O importante é preservar o principal em caso de quebra da instituição financeira.
Invista com segurança
Quer investir em CDB com cobertura FGC? Então preencha este formulário que um assessor da EQI Investimentos entrará em contato para apresentar as aplicações disponíveis!