Quando planejamos as finanças para o futuro, o prazo de investimento é um dos principais pontos a ser considerado. Ao definirmos metas e prazos para o dinheiro, fica muito mais fácil alcançarmos nossos objetivos patrimoniais e financeiros.
Por isso, se você deseja montar uma boa carteira de investimentos, não basta somente sair escolhendo entre diversos ativos financeiros. Em vez disso, é preciso primeiro definir o que e quando você deseja fazer com o seu dinheiro.
Como definir o melhor prazo de investimento?
Para facilitar essa escolha, primeiro é preciso classificar o planejamento financeiro em objetivos de curto, médio e longo prazo.
Nesse sentido, não há uma divisão rigorosa que defina essas três esferas de tempo. De forma geral, consideramos curto prazo o horizonte de tempo de, aproximadamente, até dois anos. Nesse período, entram todos aqueles planos mais imediatos, como as próximas férias, ou a troca de carro que já estava programada, por exemplo.
Nesse caso, o mais importante é encontrarmos a melhor relação entre rentabilidade e liquidez. Ou seja, aqui a prioridade não é o máximo rendimento, mas sim a facilidade de contar com o dinheiro quando se precisar.
Outro ponto importante sobre o curto prazo diz respeito à reserva de emergência. Como o próprio nome diz, aqui entram os recursos que darão suporte a imprevistos financeiros. Por isso, essa reserva deve ter liquidez imediata.
Não há um valor exato para a reserva de emergência, pois isso dependerá de suas necessidades e hábitos de consumo. Dependendo de cada caso, ela pode variar entre seis a doze meses da renda mensal.
- Leia também: Onde investir sua reserva de emergência?
Já o médio prazo pode ser considerado o intervalo de tempo entre dois e cinco anos. Aqui, pode entrar aquele intercâmbio que o seu filho planejou para depois da faculdade, ou mesmo a troca da casa prevista para daqui a alguns anos.
Quanto ao prazo de investimento, ainda há necessidade de liquidez no médio prazo. No entanto, já é possível optar por alternativas com mais chances de rentabilidade, pois haverá mais tempo para que o dinheiro possa render.
Por fim, no longo prazo estão aqueles planos que demandam mais tempo para concretização, como aposentadoria, abertura de um negócio no futuro ou a faculdade das crianças, por exemplo.
E quais os melhores investimentos para cada prazo?
Agora que já vimos como funciona o prazo de investimento, é hora de conhecermos algumas modalidades para cada caso. Continue a leitura e confira a seguir.
Curto prazo
Como vimos, os investimentos de curto prazo devem priorizar a liquidez, mesmo que, para isso, seja preciso abrir mão de melhores rentabilidades.
Nesse caso, algumas opções são as seguintes:
Tesouro Selic
Entre os títulos públicos, o Tesouro Selic é o indicado para a reserva de emergência. Isso porque o investidor pode efetuar o resgate a qualquer momento, sem prejuízo da sua rentabilidade.
CDB
Outra opção bastante comum para o curto prazo são os CDBs. Esses títulos também possuem liquidez diária, e podem ser tanto pré quanto pós-fixados.
Médio prazo
Nesse caso, o prazo de investimento é intermediário, ou seja, não está nem tão perto nem tão distante. Algumas das modalidades que veremos a seguir servirão também para o longo prazo.
Tesouro prefixado e IPCA+
Ambos são alternativas para quem deseja investir no Tesouro Direto para o médio e longo prazo, pois há vencimentos entre 2 e 33 anos.
Em períodos de inflação, o Tesouro IPCA+ é uma das melhores alternativas para preservar o patrimônio da desvalorização.
LCIs e LCAs
Assim como os CDBs, as LCI e do agronegócio são títulos privados de renda fixa emitidos por instituições financeiras.
A diferença é que os recursos captados por esses títulos têm destinação específica. No caso das LCIs, os recursos financiam projetos do setor imobiliário, Já nas letras de crédito do agronegócio (LCAs), o objetivo é fomentar projetos do agronegócio, como financiamentos de produtores rurais ou cooperativas, por exemplo.
Embora a carência mínima das LCIs e LCAs seja de 90 dias, a maioria tem vencimento entre dois e cinco anos. Por isso, são mais adequadas para compor a carteira de médio prazo.
Uma das vantagens desses títulos é a isenção de Imposto de Renda. Dessa forma, o seu rendimento se torna bastante atrativo se comparado a outras modalidades de renda fixa de baixo risco.
Debêntures
As debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas para captação de recursos. Diferentemente das ações, quem adquire uma debênture não se torna sócio da empresa, e sim credor. Dessa forma, o vinculo com a companhia acaba assim que o título é liquidado e o investidor recebe o principal investido acrescido de juros.
Pelo fato de eles carregarem mais riscos, a rentabilidade desses títulos acaba sendo mais interessante do que a média da renda fixa. No entanto, é preciso analisar bem a empresa emissora, pois, no caso das debêntures, não há proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Ou seja, o risco é a capacidade de pagamento da emissora.
Longo prazo
Por fim, no longo prazo entram todas as categorias de renda variável. Dependendo do perfil de investidor, pode-se montar uma carteira de longo prazo com ações, ETFs, fundos imobiliários, fundos multimercados e criptoativos, por exemplo.
Outra boa opção para o longo prazo são os consórcios, que contemplam uma diversidade de bens e serviços. Normalmente, estamos habituados a associar consórcios somente a veículos e imóveis. No entanto, essa modalidade de financiamento abrange também bens móveis e serviços como cirurgias estéticas, cursos, viagens, entre outros.
Basicamente, o consórcio é uma espécie de poupança “forçada”, na qual o investidor vai pagando aos poucos e com tempo. Isso facilita o planejamento financeiro e poupa juros bancários de empréstimos ou financiamentos.
- Leia também: Consórcio: entenda o que é e como funciona o investimento
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