O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (PCE/EUA) caiu 0,1% em julho, ante consenso de estabilidade. Na margem, subiu 6,3% na base anual ante consenso de 6,8%.
Os dados são do escritório de análises estatísticas do governo norte-americano, e foram divulgados na manhã desta sexta-feira (26).
O Núcleo do PCE subiu 0,1%, ante consenso de alta de 0,2% em julho, na margem, enquanto na comparação ano a ano, o indicador subiu 4,6%, ante previsão de 4,7%.
Já os gastos com consumo subiram 0,1% ante consenso de 0,5%), enquanto a renda pessoal subiu 0,2%, ante consenso de 0,6%.

Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (PCE/EUA)
O relatório revela que a renda pessoal aumentou US$ 47,0 bilhões (0,2%) em julho, e a renda pessoal disponível (DPI) aumentou US$ 37,6 bilhões (0,2%) e as despesas de consumo pessoal (PCE) aumentaram US$ 23,7 bilhões (0,1%).
Também traz que o índice de preços PCE diminuiu 0,1%. Excluindo alimentos e energia, o índice de preços PCE aumentou 0,1%.
Já o DPI real aumentou 0,3% em julho e o PCE real aumentou 0,2%, e os bens aumentaram 0,2% e os serviços aumentaram 0,2%.
Pesquisa
Conforme a pesquisa, o aumento da renda pessoal em dólar corrente em julho refletiu principalmente um aumento na remuneração que foi parcialmente compensado por reduções na renda dos proprietários, receitas de transferências correntes pessoais e renda de pessoas físicas.
O aumento da remuneração foi liderado por salários e vencimentos privados. A queda na renda dos proprietários foi principalmente na renda não agrícola. A diminuição das receitas de transferências correntes pessoais seguiu-se a um aumento em junho que refletiu um acordo legal de negócios corporativos para pessoas físicas.
O aumento de US$ 23,7 bilhões no PCE em dólar em julho refletiu um aumento de US$ 33,3 bilhões nos gastos com serviços que foi parcialmente compensado por uma redução de US$ 9,6 bilhões nos gastos com bens.
Nos serviços, os maiores contribuintes para o aumento foram os gastos com habitação e serviços públicos (principalmente habitação) e com “outros” serviços (principalmente viagens internacionais).
Dentro dos bens, a gasolina e outros bens energéticos foi o que mais contribuiu para a diminuição.
As despesas pessoais aumentaram US$ 27,0 bilhões em julho. A poupança pessoal foi de US$ 932,3 bilhões em julho e a taxa de poupança pessoal – poupança pessoal como porcentagem da renda pessoal disponível – foi de 5,0%.
Preços
Em relação ao mês anterior, o índice de preços PCE de julho recuou 0,1%. Os preços dos bens caíram 0,4 por cento e os preços dos serviços aumentaram 0,1%. Os preços dos alimentos aumentaram 1,3% e os preços da energia caíram 4,8%.
Excluindo alimentos e energia, o índice de preços PCE aumentou 0,1 por cento.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o índice de preços PCE de julho aumentou 6,3%. Os preços dos bens aumentaram 9,5% e os preços dos serviços aumentaram 4,6%. Os preços dos alimentos aumentaram 11,9% e os preços da energia aumentaram 34,4%. Excluindo alimentos e energia, o índice de preços PCE aumentou 4,6% em relação a um ano atrás.
Economista-chefe da EQI Asset, Stepnhan F. Kautz disse que o PCE veio melhor do que o esperado. “Para o núcleo, se esperava uma alta de 0,20% e veio uma alta de 0,10%, e para o índice cheio, que se esperava estabilidade, veio uma queda de 0,10%, ou seja, uma deflação no mês”, destacou.
Segundo ele, estes são números bons e mostram que a inflação está dando algum sinal de melhora, mas isso já estava parcialmente antecipado pelo índice de preços do CPI. “Então, o Fed agora vai ficar olhando para os próximos meses para tentar confirmar se realmente isso é uma tendência, ou se foi simplesmente um número mensal que acaba não mudando o cenário para a autoridade monetária”, ressaltou.
E concluiu: “a expectativa para o Jackson Hole é exatamente essa, ou seja, que Jerome Powell mantenha um discurso mais Hawkish.”
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