Maior empresa de jóias do Brasil, a Vivara ($VIVA3) registrou forte alta nos lucros no segundo trimestre de 2023 em relação ao ano passado, e boa parte desse crescimento se deveu aos resultados obtidos com a linha Life, segmento de peças com preços menores que as jóias tradicionais da marca.
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Com capital aberto desde 2019, a Vivara acaba de inaugurar uma fábrica mais ampla em Manaus, fruto de um investimento de cerca de R$ 25 milhões, com capacidade de triplicar a produção em relação à planta anterior, também na capital do Amazonas, dentro da Zona Franca.
Há quatro anos, na época do IPO, a Vivara já tinha a linha Life, mas com apenas duas lojas exclusivas para a marca. Agora, são 84 pontos de venda, com previsão de crescimento para 100 até o fim de 2023. São peças em prata, e não em ouro, combinadas com cristais, pedras de cor e zircônia, a um tíquete médio de R$ 500, contra R$ 1.200 das jóias tradicionais da Vivara.
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O CEO Paulo Kruglensky disse ao Valor Econômico que a Vivara trabalha com a linha Life como uma potencial concorrente de outros artigos presenteáveis a um preço mais acessível. Segundo ele, entre os concorrentes dessas peças não estão outras joalheiras, mas “chocolate, perfume, sapato, um mercado muito maior do que o mercado da joalheria”.
Segundo o CFO da Vivara, Otavio Lyra, a Life representa hoje 34,8% das receitas da empresa e quase 80% do volume de peças produzidas, que chega a 3 milhões de unidades por ano. Além disso, segundo os executivos, as pedras mais baratas contam com margem de lucro maior, devido aos preços melhores das matérias-primas.
A Vivara (VIVA3) registrou lucro líquido de R$ 109,9 milhões no 2TRI23, alta de 23,5% frente os R$ 89 milhões do segundo trimestre de 2022. Vale lembrar que os números do segundo trimestre da companhia refletem, em parte, a sazonalidade típica do varejo, com a presença de duas datas fundamentais para o setor de joalherias, com o Dia das Mães, em maio, e o Dia dos Namorados, em junho.