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Vivara (VIVA3): Justiça condena rede por exigir padrão de beleza de funcionárias

Vivara (VIVA3): Justiça condena rede por exigir padrão de beleza de funcionárias

A rede de joias Vivara (VIVA3) foi condenada a pagar uma indenização de R$ 10 mil por impor padrões de beleza, gênero e de aparência durante os processos de contratação para suas lojas. A sentença foi dada pelo Tribunal do Trabalho de São Paulo.

Segundo os documentos apresentados durante o processo, o fundador da Vivara, Nelson Kaufman, estabelecia critérios discriminatórios relacionados à aparência das candidatas. Entre as diretrizes citadas para contratação estão mulheres magras, de cabelos longos e lisos, sem tatuagens e piercings, para o atendimento ao público.

A analista de recrutamento, autora da ação trabalhista que deve ser indenizada, afirmou que era instruída a seguir esses padrões ao selecionar as contratadas.

Além disso, apenas mulheres deveriam ser contratadas para evitar relacionamentos e gravidez, segundo a analista. O motivo seria evitar que as funcionárias tivessem relacionamentos amorosos no trabalho e engravidassem. Os critérios eram transmitidos verbalmente, conforme relatado por uma testemunha.

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Além disso, para vagas administrativas, tanto homens quanto mulheres poderiam ser admitidos.

A juíza Yara Campos Souto destacou na sentença que a postura da Vivara objetificou o corpo feminino e impôs padrões de beleza discriminatórios. Para a magistrada, embora a política de contratação aparentemente beneficiasse as mulheres, na prática revelava-se machista e discriminatória.

Em 10 dias Nelson Kaufman renuncia ao cargo de CEO na Vivara

Nelson Kaufman, o principal acionista da Vivara, renunciou ao cargo de CEO da joalheria, após 10 dias da sua nomeação, em março.

O fundador da companhia solicitou a renúncia após o Conselho de Administração nomeá-lo, juntamente com Maria Carolina Ferreira Lacerda, para ocupar cargos no órgão diretivo da empresa. As nomeações ainda serão submetidas à ratificação na próxima Assembleia Geral dos acionistas.

O ex-CEO, que já integra o Conselho, assume a presidência do mesmo, enquanto João Cox Neto ocupará a posição de Vice-Presidente. Para suceder Kaufman, o Conselho elegeu Otavio Chacon do Amaral Lyra, que também exercerá interinamente a função de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores.