O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de recuperação judicial apresentado pela SouthRock Capital, empresa gestora das marcas Starbucks, Eataly e Subway no Brasil.
O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências, recusou o pedido alegando falta de documentação específica, como demonstrações contábeis do balanço patrimonial, demonstração de resultados acumulados e relatórios de fluxo de caixa. além de um relatório completo da situação da empresa do ponto de vista econômico e comercial.
“Tais documentos são essenciais para que o juízo tenha condições iniciais de conhecer as reais condições da empresa devedora, especialmente no que concerne à sua viabilidade financeira, econômica e comercial. Isso porque o objetivo da lei é garantir a continuidade da atividade empresarial em razão dos benefícios sociais dela decorrentes, como geração e circulação de riquezas, recolhimento de tributos e, principalmente, geração de empregos e rendas”, escreveu o magistrado em sua decisão.
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Santos questionou também a documentação sobre o contrato de licenciamento para uso da marca Starbucks, cuja suspensão teria sido pedida pela matriz da empresa nos EUA. Segundo o juiz, tal discussão não seria de competência de sua vara, que trata de pedido de falência.
O pedido de recuperação judicial da SouthRock informa que o valor da dívida é de R$ 1,8 bilhão. Ele nomeou um administrador judicial para conduzir uma perícia prévia e analisar a documentação apresentada antes de reconsiderar o pedido. O magistrado também negou o pedido da empresa para liberação de garantias de dívidas junto aos bancos.
Em nota logo após a divulgação do pedido de recuperação judicial, a administração da empresa explicou que os desafios econômicos no Brasil, decorrentes da pandemia e marcados pelo aumento da inflação e das taxas de juros, afetaram profundamente todos os varejistas, incluindo a SouthRock.
Nesse cenário, a gestora informou que está se preparando para encarar uma nova fase de desafios que exige uma revisão e reestruturação de seus negócios, com o objetivo de garantir a contínua proteção das marcas que representa no mercado brasileiro.
Tais mudanças incluem a avaliação do número de lojas em operação, o cronograma de aberturas, a otimização das relações com fornecedores e stakeholders, bem como uma revisão da atual estrutura da equipe de trabalho.
Você leu sobre a negativa do TJ-SP ao pedido de recuperação judicial da SouthRock, controladora da rede Starbucks. Para saber mais sobre as novidades do mercado e seu impacto sobre os investimentos, faça seu cadastro gratuito na EQI Research e tenha acesso a relatórios exclusivos e recomendações feitas por analistas especializados.
