A Fitch Ratings, agência de classificação de risco, elevou a nota de crédito de longo prazo da Petrobras ($PETR3; $PETR4) de BB- para BB, com perspectiva de estabilidade. Este é o primeiro aumento para a estatal em 15 anos.
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A nota da Petrobras, a maior do país, veio após a empresa anunciar mudanças na sua política de remuneração aos acionistas. A companhia divulgou que vai distribuir 45% do seu fluxo de caixa livre, diferentemente do formato anterior, de 60%.
O novo plano de remuneração também abriu espaço para a realização de programas de recompra de ações, uma iniciativa inédita na empresa até então.
A elevação para a Petrobras também vem na sequência de uma melhora na nota de crédito soberana do país. Na última quarta-feira (26), a Fitch mudou a nota do Brasil de “BB-” para “BB”.
Segundo a agência, “a elevação dos ratings do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado, em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que sustentaram este desempenho, bem como a expectativa da Fitch de que o novo governo se empenhará em realizar melhoras adicionais”.
O diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Caetano Leite, disse à Agência Brasil que a elevação da nota vem ao encontro da redução do custo de capital da empresa, com “a consequente geração adicional de valor para os investidores”.
“A Fitch reconhece, na sua avaliação, a solidez financeira da Petrobras. Seguiremos trabalhando para que a Petrobras seja percebida cada vez mais como um investimento seguro e rentável”, afirmou o executivo.
Assim como a Petrobras, outras empresas também tiveram suas notas elevadas pela agência, como a Localiza ($RENT3), Sabesp ($SBSP3) e Rede D’Or ($RDOR3).