Com a permissão para atuar no país desde 2018 e a regulamentação completa quase saindo do forno, as casas de apostas injetaram milhões de reais no futebol brasileiro. Atualmente, 13 casas de apostas patrocinam 18 dos 20 times da primeira divisão, sendo 14 como máster. Na série B, todos têm uma bet no uniforme, sendo 75% como principal.
No total, 20 empresas do setor estão investindo nos clubes, além dos milhões pagos para garantir os direitos de nomeação das principais competições do país. Na temporada atual, as receitas das equipes provenientes desses patrocínios dispararam. O investimento anual das casas de apostas nos clubes da Série A do Brasileirão se aproxima da marca dos R$ 550 milhões.
Mudança nos patrocínios do futebol
Apesar de terem permissão de atuar no país desde 2018, a regulamentação do mercado ainda não está completamente estabelecida, intensificando a competição no setor. Os únicos clubes que não se beneficiaram disso são o Vasco e o Cuiabá, que ainda não têm uma casa de apostas para chamar de sua. Entretanto, isso pode mudar em breve. O Vasco, que ainda não tem um patrocinador principal, está atualmente em negociações para preencher essa lacuna.
Os valores aumentam ainda mais quando comparados ao período anterior à pandemia. Naquela época, o principal patrocinador do futebol brasileiro era uma empresa estatal. Ao longo de sete anos, a Caixa Econômica Federal investiu R$ 663,7 milhões nos clubes das Séries A e B (totalizando 25 times patrocinados). No entanto, esses investimentos foram interrompidos a partir de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro.
Caso do Flamengo
Em 2016, o Flamengo recebia R$25 milhões da Caixa; hoje, ganha R$85 milhões da Pixbet por ano. Isso representa quase 3,5 vezes mais, considerando apenas os valores nominais sem ajuste monetário. Desde o ano passado, essa quantia mais que dobrou ao trocar o banco BRB (R$38,5 milhões) pela casa de apostas.
Em 2019, com a saída da Caixa, houve uma situação de muita oferta e pouca demanda, o que resultou na redução dos valores dos contratos de patrocínio máster em todos os clubes do futebol brasileiro. Naquele ano, o Flamengo fechou com o BS2 por apenas R$11,8 milhões. Essa análise é compartilhada pelo vice-presidente de marketing do clube, Gustavo Oliveira, que atribui o alto valor da camisa do Flamengo a três pilares: o tamanho da torcida, a presença nas redes sociais com mais de 60 milhões de seguidores e uma gestão responsável.
Liderança do Corinthians
Apesar dos impressionantes números do Flamengo, atualmente o maior contrato de patrocínio de uma operadora de apostas é o da Vai de Bet com o Corinthians: R$320 milhões por três anos, o que equivale a cerca de R$120 milhões por temporada.
No entanto, o Flamengo não pretende ficar para trás. O clube está em negociações com a Pixbet para aumentar os valores do contrato, visando incluir a divulgação da marca em outros esportes e ativos do clube.
Regulamentação do mercado
Antes da completa regulamentação, prevista para o início do segundo semestre, a tendência tem sido a chegada de novas empresas visando capturar uma fatia do mercado. Este é o momento de estabelecer posição e isso torna a competição financeira muito mais intensa.
Conforme o calendário da Secretaria de Prêmios e Apostas, a portaria referente à concessão das casas de apostas está programada para o final deste mês. Quando todas as diretrizes estiverem estabelecidas, a expectativa é que ocorra uma autorregulação do mercado.
A regulamentação também contribuirá para estabelecer os parâmetros de jogo limpo nas apostas. Inicialmente, o Brasil deve adotar uma das legislações mais rigorosas, em linha com o que foi observado anteriormente na Inglaterra.
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