O químico italiano Francesco Rivella, conhecido como o “pai” da Nutella, faleceu na última sexta-feira (14), aos 97 anos. Curiosamente, sua morte ocorreu exatamente dez anos após o falecimento de Michele Ferrero, fundador da empresa Ferrero, responsável pela Nutella. Rivella trabalhou como braço direito de Ferrero por mais de quatro décadas.
Formado pela Universidade de Turim, Francesco Rivella ingressou na Ferrero em 1952, com apenas 25 anos. Durante sua carreira, contribuiu para a criação de grandes sucessos da marca, como Kinder, Ferrero Rocher e Tic Tac. Ele se aposentou em 1993, após 41 anos de dedicação à empresa.
Rivella desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da receita que daria origem à Nutella. A pasta de avelã surgiu em 1946 com o nome de “Giandujot”, criada como alternativa à escassez de cacau causada pela Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, a receita foi reformulada e chamada de “Supercrema”, até receber o nome definitivo de Nutella em 1964.
Ao longo dos anos, Francesco Rivella conquistou a confiança de Michele Ferrero, tornando-se seu conselheiro mais próximo e um dos responsáveis pela inovação e sucesso da Ferrero.
De acordo com a imprensa italiana, Rivella era viúvo e deixa quatro filhos. O funeral será realizado nesta segunda-feira (17), na Catedral de Alba (Cattedrale di San Lorenzo ou Duomo di Alba), localizada na província de Cuneo, região do Piemonte, Itália.
Conheça a história da Nutella
A história da Nutella começa na Itália, em 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial. Na época, o cacau era um produto caro e escasso. Para driblar essa dificuldade, Pietro Ferrero, fundador da confeitaria Ferrero, criou uma pasta doce feita com avelãs, açúcar e uma pequena quantidade de cacau. O produto foi batizado de “Giandujot”, em homenagem a uma tradicional sobremesa piemontesa feita com chocolate e avelãs.
Em 1951, a receita foi aprimorada e passou a ser vendida com o nome de “Supercrema”. O sucesso foi imediato, e o creme se tornou um produto essencial nas mesas italianas, especialmente como acompanhamento para pães.
A grande virada aconteceu em 1964, quando Michele Ferrero, filho de Pietro, reformulou a receita e lançou o produto com um novo nome: Nutella, uma combinação da palavra inglesa “nut” (avelã) com o sufixo italiano “-ella”, que transmite suavidade e delicadeza. O novo nome ajudou a transformar o creme em um produto conhecido e amado em todo o mundo.
A expansão global até hoje
Com seu sabor único, a Nutella logo ultrapassou as fronteiras da Itália. O frasco de vidro com a tampa branca e o rótulo inconfundível tornou-se símbolo de qualidade. A partir da década de 1970, a Ferrero iniciou sua expansão para outros mercados, incluindo a Europa, os Estados Unidos e, mais tarde, o Brasil.
Atualmente, a Nutella está presente em mais de 160 países, sendo consumida em diversas formas: em pães, panquecas, frutas, bolos e até em receitas culinárias sofisticadas. Além disso, em 2015, foi criado o Dia Mundial da Nutella, comemorado em 5 de fevereiro, uma data que celebra o amor global pelo creme de avelã.
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