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Log (LOGG3): CFO explica a estratégia de crescimento da Log com seus galpões logísticos

Log (LOGG3): CFO explica a estratégia de crescimento da Log com seus galpões logísticos

Luís Moran, head da EQI Research, entrevistou André Vitória, CFO e diretor de relações institucionais da Log (LOGG3). Os dois conversaram sobre as estratégias de crescimento da companhia.

Antes de prosseguir com conversa entre os gestores, é preciso explicar de forma resumida quem é a Log. Ela é uma empresa especializada em logística empresarial, em que tem como um dos principais focos de sua estratégia de crescimento a construção e operação de galpões logísticos. 

Na entrevista, Vitória compartilhou sua visão sobre a importância desses galpões e como eles estão impulsionando o sucesso da empresa.

A Log está prestes a completar 15 anos de história, sendo os últimos quatro como uma empresa de capital aberto. A companhia surgiu a partir de um spinoff da MRV, com foco na construção de galpões logísticos no Brasil. Desde então, a empresa tem se concentrado em um crescimento orgânico greenfield, o que a tem levado a obter uma presença altamente relevante no mercado logístico brasileiro”, resumiu Vitória ao apresentar a Log para quem não conhece a companhia. 

O que é spinoff e greenfield?

Para quem não acompanha o mercado tão próximo, spinoff empresarial é uma estratégia corporativa em que uma empresa-mãe cria uma nova empresa a partir de uma parte de seu negócio existente. A nova empresa, chamada de spinoff, é separada da empresa-mãe e se torna uma entidade legal independente. 

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O objetivo geralmente é criar uma empresa com um modelo de negócios mais focado e simplificado, permitindo que cada uma das empresas se concentre em suas respectivas áreas de expertise. Os acionistas da empresa-mãe geralmente recebem ações da nova empresa como parte da operação de spinoff.

Já o greenfield é um termo que se refere a um tipo de investimento que envolve a criação de um novo empreendimento, projeto ou infraestrutura, em um terreno ou área onde anteriormente não havia nenhuma construção ou atividade similar. 

Esse tipo de investimento geralmente é feito por empresas que desejam expandir seus negócios, ingressar em novos mercados ou criar novas operações do zero. 

Uma das principais características do investimento greenfield é que ele envolve um risco mais elevado, já que é necessário realizar todo o processo de desenvolvimento do projeto, desde a concepção até a operação plena, o que pode levar vários anos e exigir grandes investimentos financeiros.

A importância dos galpões logísticos na operação da Log

Vitória aponta que uma das principais vantagens competitivas da Log é a verticalização de sua operação, o que envolve desde a identificação da demanda, como a procura de terrenos para atender aos clientes, até a administração dos condomínios onde os ativos estão operando. 

Essa integração permite uma maior eficiência e proteção das informações estratégicas da companhia, sendo um dos pilares para o sucesso nos negócios logísticos.

De acordo com o CFO, os galpões logísticos são essenciais para garantir a agilidade e eficiência nas operações de logística da empresa. 

Além disso, os galpões logísticos também permitem que a empresa amplie sua capacidade de atendimento e ofereça soluções logísticas personalizadas para seus clientes. “Cada galpão é projetado de acordo com as necessidades de cada operação. Isso nos permite oferecer um serviço customizado e de alta qualidade para cada cliente”, afirma Vitória.

“Temos desde a prospecção de regiões e terrenos, com terrenos já comprados e regularizados. Projetos, ou seja, ativos sendo construídos e até ativos prontos. Isto é, temos todo o ciclo de desenvolvimento dentro de casa em diferentes fases. A Log está sempre tendo uma rotatividade significativa porque a gente se encontra em pleno crescimento. Realmente, estamos em diferentes estágios da nossa operação, com o ciclo de negócios bem representado”, disse Vitória.

Expansão e inovação: a visão de futuro da Log

Para Vitória, a construção de novos galpões logísticos é essencial para impulsionar o crescimento da Log. “Nós estamos sempre buscando novas oportunidades de negócio e investindo em tecnologia para tornar nossa operação ainda mais eficiente. E os galpões logísticos são uma parte fundamental dessa estratégia”, destaca o CEO.

Segundo o gestor, o mercado de galpões logísticos no Brasil ainda tem muito espaço para crescimento. A estimativa de Vitória é que haja cerca de 170 milhões de m² de área bruta no Brasil, sendo que a maioria dela está alocada na região Sudeste, especialmente em São Paulo. 

Apesar deste espaço, o CFO alerta que apenas 15% desses galpões são classificados como de classe A, o que significa que há um grande potencial de crescimento nesse segmento.

“Em comparação com outros países de dimensões continentais, o Brasil ainda possui uma infraestrutura logística carente de qualidade, mas a Log vem contribuindo para elevar esse padrão com seus galpões de alto nível. A empresa já entregou em média 2,5 milhões de metros quadrados de área bruta locável e continua em pleno crescimento, o que indica um horizonte promissor para o setor”, esclarece.

Os galpões classe A

André Vitória, CFO da Log, explica que os galpões de classe A possuem características distintas como o pé direito com pelo menos 12 metros de altura, piso nivelado a laser, iluminações de LED, sistema de incêndio que atende classificações mundiais, pátio de manobra e reuso de água. 

Ele ressalta que a Log tem como foco oferecer apenas galpões dessa classe, preenchendo assim uma lacuna importante no mercado de infraestrutura logística do país, que ainda carece de qualidade. Segundo Vitória, “essa é uma janela importante de desenvolvimento dado a carência de infraestrutura de qualidade que o país se encontra hoje”

Em comparação a um galpão que não é classe A, o galpão com essa classificação apresenta uma redução significativa no custo. Considerando fatores como segurança, energia e eficiência, em média, o galpão classe A custa cerca de 20% menos que as operações em galpões com infraestrutura de qualidade inferior. 

Vitória relata que as empresas já estabelecidas em galpões ruins estão migrando para galpões classe A, pois é uma opção mais econômica e benéfica para o cliente.

Arte da Log comparando um galpão classe A com um obsoleto

O Nordeste é o futuro?

Na entrevista, Vitória cita que a Log se destaca no mercado por duas vantagens competitivas. A primeira delas é a qualidade dos seus galpões, que são classificados como classe A e oferecem uma infraestrutura de excelência, resultando em uma economia de cerca de 20% para as empresas que optam por essas operações. 

A segunda vantagem é a diversificação regional. A empresa é a única do setor que atua em todo o país, presente em 18 estados e 39 cidades nas cinco regiões brasileiras.

Arte mostra a distribuição dos galpões da Log no 1TRI23
Divulgação Log

Embora o foco esteja no Sudeste, a demanda vem crescendo principalmente no Nordeste, que apresenta um desenvolvimento expressivo. “A gente tem foco no Sudeste, mas eu diria que hoje o crescimento da companhia está mais vinculado ao restante do país do que necessariamente no Sudeste”, afirma.

Para Vitória, a agilidade, qualidade e eficiência das operações pelo Brasil naturalmente vão continuar expandindo além a Log para além do Sudeste, impulsionando o crescimento da companhia em todo o país.

Quer assistir o bate papo entre Luís Moran e André Vitória, CFO da Log (LOGG3) na íntegra? Então, veja o vídeo abaixo: