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Ipea mantém previsão de crescimento de 11,6% para PIB do agronegócio

Ipea mantém previsão de crescimento de 11,6% para PIB do agronegócio

Estudo aponta bons resultados da soja em relação a 2022, quando houve problemas com a safra, para projetar resultados do setor no ano.

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)  manteve a projeção de crescimento de 11,6% para o PIB do agronegócio em 2023, de acordo com estudo divulgado nesta sexta-feira (24). O resultado deve compensar a perda de 1,7% sofrida pela atividade em 2022, puxada especialmente por problemas na safra da soja, hoje o principal produto agrícola nacional, e pela redução de 5,3% na produção de leite. 

Gráfico com projeções de crescimento do PIB do agronegócio
Fonte: Ipea

A projeção do crescimento da produção vegetal permaneceu em 14,2% de alta, enquanto a previsão para a produção animal foi revista de 1,6% para 0,8%. Segundo o Ipea, a atualização dos pesos dos componentes do setor agropecuário após os resultados no ano passado e a compensação nas revisões das estimativas para 2023 por segmento na produção vegetal motivaram a manutenção da projeção. 

A participação da produção vegetal aumentou significativamente nos últimos anos e hoje corresponde a cerca de 80% do valor agregado (VA) do setor agropecuário. Sendo assim, a alta elevada da produção vegetal em 2023 passou a ser mais significativa do que na previsão inicial.

Na produção vegetal, as novas estimativas para as produções de milho e café na safra 2023/2024  compensaram a revisão para baixo na produção de soja e mantiveram o VA do setor com alta de 11,4%. Para este ano, a soja deve ter crescimento de 21,3%, o milho de 10,2%, e o café de 5,7%. As projeções para a produção de arroz e trigo, no entanto, são de queda de 6% e 13,8%, respectivamente.

PIB do agronegócio: soja em estado avançado de colheita

O resultado previsto para o setor agropecuário em 2023 é condicionado, principalmente, à estimativa positiva para a soja. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a colheita está praticamente encerrada em Mato Grosso, principal estado produtor, e encontra-se acima de 80% em Goiás. 

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Até o momento, a probabilidade de que essa projeção permaneça em um patamar próximo de um crescimento de 20% é elevada. Mas uma nova revisão da safra de soja no Rio Grande do Sul é o principal risco de uma redução na estimativa da produção brasileira desse grão em 2023. A melhora nas condições climáticas na região, nas últimas semanas, é um fato positivo no impacto das restrições hídricas no Sul do país. 

Em 2022, o valor agregado da safra da soja caiu 11,4% no ano, com fortes reduções em estados que figuram entre os cinco maiores produtores. Os outros quatro segmentos mais importantes da produção vegetal (milho, café, cana-de-açúcar e algodão) tiveram variações positivas, o que ajudou a compensar parcialmente o impacto negativo da soja.

PIB do agronegócio: riscos do mercado animal

A previsão menos otimista para a produção animal em 2023 é justificada por uma desaceleração no crescimento da produção de suínos e na manutenção de um cenário adverso para o leite. Sendo assim, houve revisão para baixo nos dois segmentos: suínos (crescimento de 5% para 2,2%) e produção de leite (alta de 1,3% para queda de 1,4%)

Entre os demais produtos da pecuária, as projeções atualizadas apontam avanços: bovinos (de 2,4% para 2,6%), aves (de 3,5% para 4,4%) e ovos (de 1,9% para 3,2%). Em 2022, com exceção do leite, todos os segmentos apresentaram crescimento no ano, com destaques para bovinos e suínos, que avançaram 6,9% e 5,5%, respectivamente.

O efeito da suspensão de embarques da carne bovina para a China – principal destino das exportações brasileiras – e a possibilidade de um novo ano significativamente negativo para a produção do leite são fatores que merecem atenção. 

Como não se sabe quando será revogada a suspensão das exportações da carne bovina pelo governo federal após a confirmação, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ainda não é possível mensurar o impacto sobre as vendas ao exterior e a produção dessa proteína animal.

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