Nicolas Puech, herdeiro da Hermès (EPA: RMS), de 81 anos, alegou recentemente que sua fortuna de US$ 13 bilhões desapareceu. No ano passado, ele gerou polêmica ao divulgar seu plano de deixar o dinheiro para seu jardineiro.
Os advogados do herdeiro da Hermès disseram que cerca de 6 milhões de ações no valor aproximado de 12 bilhões de euros (US$ 13 bilhões) na Hermès International SCA, controlada pela família, desapareceram. A participação o torna o maior investidor individual na grife de luxo que preza pela exclusividade.
Um tribunal suíço rejeitou as alegações de que o antigo gestor de patrimônio de Puech, Eric Freymond, teve um papel no desaparecimento de sua fortuna. O bilionário diz que foi enganado durante um período de mais de duas décadas, quando pelo menos parte de suas ações foi vendida.
A Hermès é um dos maiores players da indústria global de luxo. A família, dona da marca, tem um patrimônio líquido de cerca de US$ 155 bilhões, segundo a Bloomberg.
Herdeiro da Hermès e envolvimento da LVMH
No processo, Nicolas Puech alega que sua riqueza veio quase inteiramente de suas ações na Hermès e que não possui mais nenhuma delas. Freymond, por outro lado, recebeu todos os extratos bancários do herdeiro durante o período de 24 anos em que administrou sua fortuna.
A partir de 1998, Puech começou a transferir ações da Hermès, que chegaram a 6 milhões, para bancos suíços. A partir daquele ano, ele deu a autorização a Freymond para supervisionar suas contas. A partir de 2001, no entanto, ações foram vendidas, compradas e transferidas por meio de um dos bancos.
Um lucro de 53,7 milhões de euros foi registrado em vendas de ações ao longo de um período de quase dois anos até outubro de 2010, o mesmo mês em que Bernard Arnault, dono do maior grupo de luxo do planeta, a LVMH (EPA: MC), revelou que ele havia acumulado uma participação na Hermès.
Puech não tinha “objeções” à entrada do investidor externo na companhia, e até o considerava um “aliado”, segundo o documento do tribunal. A família, no entanto, montou uma estratégia para manter Arnault afastado.
No final do ano passado, Nicolas Puech também manifestou o desejo de cancelar o contrato de herança com a Isocrates Foundation, sua própria instituição de caridade, que contestou publicamente o plano.
A decisão ocorreu após o herdeiro da Hermès ter iniciado processos administrativos para adotar seu jardineiro de meia idade, a quem deixaria parte de sua fortuna.
“Do ponto de vista legal, a anulação abrupta e unilateral de um acordo de sucessão parece nula e infundada”, afirmou a instituição. “A fundação se opôs a essa medida, deixando a porta aberta para a discussão com seu fundador e presidente.”
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