O Governo Lula está avaliando a nomeação de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, para o conselho de administração da Braskem (BRKM5). A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo na noite de ontem (14).
Os mandatos de dez dos onze conselheiros da Braskem se encerram em abril. A Petrobras (PETR4), uma das acionistas majoritária da petroquímica junto com a Novonor, a antiga Odebrecht, tem direito a quatro cadeiras no conselho, que estarão disponíveis no próximo mês.
Fontes próximas ao presidente Luis Inácio Lula da Silva informaram à Folha que a indicação de Mantega está pendente apenas de procedimentos burocráticos.
A entrada de Mantega na Braskem é vista como parte de uma estratégia de “rodízio” promovida pelo Palácio do Planalto nos conselhos das empresas com participação estatal.
Governo tentou emplacar Mantega na Vale
Lula também busca posicionar Mantega em um conselho de administração de uma empresa onde o governo federal mantém influência.
Em janeiro, surgiram especulações sobre Mantega assumir a presidência da Vale durante uma crise de sucessão na mineradora. No entanto, a resistência do mercado ao seu nome levou à rejeição da proposta pelo governo.
Segundo a Folha, Lula acredita que Mantega foi injustiçado por ser associado à crise econômica do governo Dilma Rousseff. Assim, o presidente deseja recompensar Mantega pelos serviços prestados enquanto ministro da Fazenda, de 2006 a 2015, durante as administrações do PT.
Mantega também ocupou o cargo de ministro do Planejamento no primeiro mandato de Lula e foi presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
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