Se você utiliza serviços digitais, como Spotify (SPOT; $S1PO34), Uber (UBER; $U1BE34) ou Airbnb (ABNB; AIRB34), por exemplo, provavelmente já se deparou com a cobrança em seu cartão de crédito do Ebanx. Trata-se de uma fintech fundada em 2012 em Curitiba, no Paraná, que atua como intermediadora de compras online para empresas nacionais e internacionais, simplificando pagamentos transfronteiriços.
Recentemente, o Ebanx preparou-se para realizar um IPO nos Estados Unidos. Em 2019, a empresa, que tem as gestoras Advent e FTV Capital como investidoras, alcançou uma avaliação de US$ 1 bilhão. No entanto, os planos de oferta pública no território americano foram adiados.
Em uma entrevista à agência de notícias Reuters, a presidente do Ebanx, Paula Bellizia, informou que a concretização do IPO pode levar até três anos, dependendo da expansão da fintech no mercado asiático.
Ebanx: expansão para Ásia começando pela Índia
Bellizia comunicou que o Ebanx entrou na Índia com o objetivo de expandir a operação na Ásia, iniciando pelo território indiano. A fintech já está presente em outros países da América Latina e África
Segundo Bellizia, a entrada na Índia é uma oportunidade de expandir para mercados onde o Ebanx já oferece os seus serviços.
Mesmo que o Ebanx não estivesse atuando na Ásia, ela comentou que a fintech já tinha clientes asiáticos que atuavam na América Latina ou África, como a Shopee, da Sea, e AliExpress, do Alibaba.
A executiva citou que irá avaliar a demanda dos serviços a partir da Índia para estudar a expansão para os outros países asiáticos.
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“Irmão do Pix” pode facilitar processo de adaptação
Um dos motivos que chamou a atenção do Ebanx foi a digitalização da economia indiana, principalmente pelo UPI.
O UPI é uma espécie de “irmão do Pix”. Ele é o sistema de pagamentos instantâneos da Índia, que está em funcionamento desde 2016.
Bellizia entende que essa pode ser uma vantagem para o Ebanx no país asiático com experiência brasileira com o Pix fortalece a empreitada da empresa na Índia.
Citando outros exemplos, como a ampla adoção da modalidade de “dinheiro móvel” – operada por meio de dispositivos móveis – em países africanos, com destaque para o Quênia, um dos mercados da empresa, a executiva enfatizou o papel central das economias emergentes na inovação em métodos de pagamento.
Para encerrar, Bellizia aponta que a inovação nos pagamentos é impulsionada pelos mercados em crescimento, devido à ampla oportunidade de promover a inclusão financeira e facilitar o acesso das pessoas.
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