De acordo com um relatório divulgado pela Receita Federal, o volume declarado de compra e venda de criptoativos atingiu um recorde mensal em setembro deste ano. Durante o período, foram movimentados R$ 115,7 bilhões, representando um crescimento impressionante de 304% em relação ao mês anterior, que totalizou R$ 28,3 bilhões. Entre janeiro e setembro de 2024, o volume negociado pelos brasileiros chegou a R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrado em 2023.
Recorde de criptoativos: volume cresce, mas número de investidores recua
O montante movimentado considera transações realizadas tanto em exchanges nacionais e internacionais quanto em negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.
Apesar do aumento expressivo no volume, o número de investidores que declararam operações com criptomoedas caiu significativamente. Em setembro, 4,3 milhões de pessoas físicas e jurídicas reportaram essas operações, marcando uma redução de 51% em relação aos 8,9 milhões registrados em janeiro. No caso das pessoas jurídicas, a queda foi ainda mais drástica: 95%, passando de 403,1 mil para apenas 16,5 mil.
Segundo a Receita Federal, o crescimento do volume negociado foi impulsionado pelas stablecoins vinculadas ao dólar. A USDT, principal stablecoin do mercado, liderou as negociações no Brasil em setembro, movimentando R$ 16,6 bilhões.
Já o Bitcoin, maior criptomoeda do mercado, registrou transações no valor de R$ 3,1 bilhões no mesmo período, ficando atrás do BNB, token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.